A coisa descambou de vez

13 de Abril de 2018
Jornal O Liberal

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Ladrão, antigamente, quando roubar era “profissão de risco”, escondia o focinho, nem que fosse atrás de um lenço, à moda dos bandidos do faroeste, para que não fosse reconhecido e levado à forca, quando era o caso. Hoje, quando a prática do roubo é escancarada, de alto a baixo da pirâmide, e, os do topo se acham no direito zombar e atacar a Justiça, se apanhados pela Lei, ladrão comum já quer ser filmado em ação, mesmo que isso represente mais provas contra si. É, novamente, a inversão de valores, sob o fomento de uma legislação condescendente e apoio de parte de uma sociedade, também corrompida pela decadência moral. Criminoso não é coitadinho, mais do que a vítima, e, que não se culpe tão somente o estado por sua omissão! O noticiário informa que, no interior de São Paulo, início desta semana, bando assaltante fez sua refém uma família, no curso de assalto, interrompido pela ação da polícia. Sob forte comoção, uma das vítimas foi forçada a filmar e transmitir a cena por rede social. Medo da polícia, conforme alegaram os bandidos? Não! É falta de vergonha mesmo e a certeza da impunidade ou, quando muito, da brandura da pena. Se a polícia não tivesse comparecido, imediatamente, acionada que fora por uma vizinha das vítimas, não se sabe o que poderia ter acontecido com estas. Presos, mas, ainda que tenham feito mais provas contra si, é certo que nada sofrerão à altura do que fizeram às suas vítimas. Estas, sim, sem qualquer amparo do estado, poderão passar o resto de suas vidas sob o trauma daqueles momentos infelizes sob a mira das armas e o vociferar dos bandidos. Hipócritas dirão que as vítimas saíram ilesas! Para estes, violência é somente quando há sangue!

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