A falácia da religiosidade

13 de Maio de 2016
Geraldo Gomes

Geraldo Gomes

A religiosidade tem constituído, sem dúvida alguma, um grande perigo para o homem. Há aqueles que, por pertencerem a uma religião, por frequentarem com assiduidade uma igreja, por terem sido batizados, por obedecerem aos preceitos de sua corporação religiosa, julgam estar agradando a Deus e d'Ele merecerem toda consideração. O raciocínio que leva a pessoa a crer que práticas religiosas a aproximam de Deus é um ato falho. Ao verificarmos os Evangelhos, podemos deduzir que foi em nome de uma religião que os sacerdotes de Jerusalém, usando o nome de Deus, prenderam e crucificaram o Senhor Jesus. Estes sacerdotes corromperam Judas Iscariotes com trinta moedas de prata para que este traísse o Mestre. Julgavam os sacerdotes estarem agradando a Deus, pois Jesus havia declarado ser o Filho de Deus, o que para eles era uma blasfêmia. Nesta passagem bíblica podemos ver que a corrupção é algo antigo entre os homens. Comumente está associada a dinheiro ganho de forma desonesta, de forma mentirosa, e envolve traição a alguém inocente. Nós brasileiros vivemos fartos desta vergonhosa história de corrupção em nosso país.

Muitas religiões têm sido causa de tropeço para as pessoas que intentam se achegar a Deus. Elas não negam a existência do Criador, mas apresentam-nO de forma distorcida, de maneira que o homem não consegue chegar ao pleno conhecimento do Deus verdadeiro.

O observador atento da história tem conhecimento de que muitas atrocidades foram cometidas em nome da religião. Muitas vidas foram sacrificadas em fogueiras e ao fio da espada nas cruzadas. Muito sangue foi derramado por religiosos que julgavam estar cumprindo com seus deveres. Na Irlanda do Norte existe uma luta histórica entre católicos e protestantes que remonta há séculos. Muitas vidas ali foram ceifadas em nome da religião. O antagonismo religioso ali reinante parece não ter fim. Fica muito difícil, para um autêntico cristão, imaginar que naqueles grupos religiosos habita o Espírito de Cristo, apesar de se autodenominarem seguidores de Jesus. É por razões como estas que o Senhor Jesus nos adverte: “nem todo que me diz Senhor, Senhor, herdará o Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai que está no céu” (Mt7.21).

A pessoa que deseja achegar-se a Deus, dificilmente conseguirá seu intento por intermédio de uma religião. Todas elas são falhas por serem instituições humanas. Os homens são falhos, assim como seus projetos. Não existe um homem, sequer um, infalível. O Apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos, disse: “porque todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm3.23). Todos pecaram, mas Deus em sua infinita bondade nos enviou seu Filho, Jesus, para que todo que n'Ele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo3.16). O caminho para se encontrar com Deus é um só e não existem atalhos. O caminho é um só: Jesus. Ele disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai senão por mim.”

Jesus é o único caminho. O único caminho que leva o homem até Deus. Quem ouvir as suas palavras e segui-las certamente encontrará a salvação. A vida eterna está em Jesus e fora d'Ele não há como ser salvo, visto que Ele foi o único que a si mesmo se deu, morrendo na cruz do calvário, para resgate de todos. Jesus, o Filho de Deus, o próprio Deus que se fez homem e nessa condição de homem, sem pecado, morreu na cruz, nos deixando livre da pena do pecado.

Fazer a vontade de Deus é o requisito básico para que o homem tenha a salvação de sua alma, mas a religiosidade tem desviado muitos deste propósito.

Fazer a vontade de Deus é antes de tudo ouvir e seguir os ensinamentos de seu Filho, Jesus. Isto não é religião. Jesus não veio fundar uma nova religião dentre muitas já existentes. As religiões, todas elas, são movimentos humanos que intentam alcançar Deus; o cristianismo é a atuação de Deus, através de Cristo para alcançar o homem. São coisas diferentes...

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