A Falácia do Socialismo

18 de Maio de 2018
Geraldo Gomes

Geraldo Gomes

Ledo engano é uma expressão da língua Portuguesa para indicar que o erro que alguém cometera não fora propositadamente, mas, fê-lo com intenções nobres, pensando ter sido útil. Este é o caso de Karl Marx quando, com ajuda de Friedrich Engels, no século XVIII condensou e incrementou as ideias socialistas pré-existentes. A ideologia socialista não nasceu com Marx., ele apenas implementou-a. A palavra socialismo aqui é uma forma eufemística de se falar de comunismo. A doutrina socialista que incentiva a luta de classes dizendo que esta luta é para benefício dos mais pobres é muito antiga. Platão, em 427 a.C., em seu livro A REPÚBLICA propôs um modelo que julgava ideal de sociedade, com supressão da propriedade privada, e, supressão também do núcleo familiar. No período medieval, quando o sistema socioeconômico europeu era o feudalismo, pequenos grupos como os Cátaros e os Valdenses ensaiaram algum tipo de sociedade em comum, porém, eram movidos mais por forças de cunho religioso do que por preocupações materiais. Na sequência histórica dos ideais socialistas vários pensadores concorreram com suas teorias, entre eles podem ser citados: Thomas Munzer (1488) Roberto Owen (1771-1858) Ettiénne Cabet (1788-1856) Charles Fourier (1772-1837). Durante e após a revolução francesa houve na França o movimento comunista babovista comandado por François Noel Babeuf (1760-1797) cognominado Gracchus Babeuf, cuja ideologia previa o controle estatal de toda propriedade e de todos os bens. Guilhotinado Gracchus em 1797, o movimento babovista continuou por algum tempo até evaporar-se no calor da revolução industrial que estava em marcha no início do século XIX.

No discurso os socialistas sempre dizem estar a favor dos menos favorecidos. Sempre dizem estar a lutar pelos pobres. Esta é a ideia central de todo movimento socialista. O pobre é a matéria prima dos socialistas. Dizem lutar pelos pobres mas na verdade não querem que estes deixem de existir. A luta deles é um engodo. Basta ver o que aconteceu no Brasil nos últimos anos: quando a ex-presidente deixou o poder pelo impeachment, havia quatorze milhões de desempregados, número muito superior àquele número de pessoas sem emprego na data do início de sua gestão. A administração socialista no Brasil nunca teve um projeto de governo. Teve sim projeto de perpetuação no poder, e, para levar à frente este projeto, o pobre foi a matéria prima básica. Basta verificar dentre os quatorze milhões de desempregados citados acima, e fazer-se uma pergunta simples: havia algum rico desempregado entre eles?... Não, todos pobres!... Quanto mais pobres houver em uma nação de governo socialista melhor para este, pois aqueles são mantidos com rédeas curtas pelas vias do assistencialismo Robin Hood, e, em época de eleição são massa eleitoreira garantidora do poder.

O leitor atento pode estar se perguntando: mas o que tem isto a ver com o evangelho?; já que esta é uma coluna do evangélico... A resposta é muito simples e de fácil entendimento. Esta falsa preocupação com os pobres pode ser visto no Evangelho de João, o discípulo amado que sempre estava ao lado de Jesus. Escreveu João que estando Jesus em Betânia seis dias antes da Páscoa, na casa de Lázaro a quem Jesus ressuscitara, prepararam um jantar para Ele e seus discípulos. Ali, Maria, tomando um frasco de nardo puro, um perfume valiosíssimo, derramou-o sobre os pés de Jesus enxugando-os com seus cabelos. A casa toda ficou perfumada chamando a atenção de todos. Relata o evangelista que Judas em uma atitude de objeção reclamou: mas por que Maria desperdiçou tão valioso perfume? Poderíamos tê-lo vendido e dado aos pobres o dinheiro (Jo12:1-3). Seriam trezentos denários. João fez uma ressalva em seu relato (Jo12:6): Judas falou isto não porque se interessava pelos pobres, mas porque era ladrão; dentre os doze apóstolos era ele quem carregava a bolsa de dinheiro e costumava tirar o que nela era colocado. Jesus, vendo o constrangimento da mulher que o ungira disse: deixe-a em paz, pois os pobres sempre os terá com vocês.

Mesmo quem conhece pouco a Bíblia por não ter o hábito de lê-la sabe da história de Judas que foi cognominado o traidor pois poucos dias após este episódio supra narrado, ele, recebendo uma propina de trinta moedas de prata entregou Jesus aos seus algozes que O crucificaram. Jesus morreu por causa da traição de um mentiroso que dizia estar preocupado com os pobres, mas, na realidade queria ter sua bolsa cheia. Não é difícil ao pensador brasileiro encetar um raciocínio paralelo entre a atitude de Judas e a dos rusguentos socialistas brasileiros. Estes dizem lutar pelas classes menos favorecidas da sociedade, mas, na verdade estão atrás de poder que lhes propicie dinheiro para encher seus próprios bolsos. Quem duvida desta afirmativa pergunte ao Juiz Sérgio Moro que tem vários exemplos para fornecer tais como sítios, tríplex e etc.

Assim como Jesus morreu em resultado da traição de Judas, podem-se ver hoje no Brasil milhares de inocentes pobres morrendo nas filas de atendimento médico por falta de hospitais e de remédios. O caixa do governo não suporta as despesas com a saúde porque o dinheiro dos impostos que deveria ser usado para este fim, na maioria das vezes, foi desviado por meios escusos, desviado por aqueles que diziam estar preocupados com os pobres, assim como Judas. De boas intenções o inferno está cheio, diz um ditado popular cujo nome do autor perdeu-se nas brumas do tempo, mas, que, com certeza era um atento observador do procedimento dos defensores do socialismo.

Comments powered by Disqus

Newsletter

Acompanhe-nos

Encontre-nos no Facebook