A hodiernidade da Bíblia

16 de Junho de 2017
Geraldo Gomes

Geraldo Gomes

Para muitos a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus; enquanto para outros, querendo sutilmente menosprezá-la dizem que ela contém a Palavra de Deus. Aqueles consideram o que está escrito na segunda carta de Paulo a Timóteo: “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir na justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra” (2Tm3:15-16). Cristãos de todas as épocas consideram os escritos de Paulo como verdadeiro tratado teológico inspirado pelo Espírito Santo, o mesmo Espírito que inspirou os autores que escreveram toda a Bíblia: quarenta é o número destes autores.

Divide-se a Bíblia em dois tomos principais: o Antigo Testamento, com trinta e nove livros onde se encontram, além da descrição da criação e da formação do mundo, os livros das leis e dos profetas. Nele também estão inseridos os livros dos Salmos e de Provérbios, entre todos, os mais lidos; o Novo Testamento é composto por vinte e sete livros, e, trata do advento de Cristo, descrevendo a vinda do Filho de Deus ao mundo e a sua missão salvadora do homem perdido. A Bíblia é portanto uma coletânea de livros sagrados escritos durante um período de aproximadamente mil e seiscentos anos, desde 1500 a.C., quando acredita-se que foi redigido o Pentateuco por Moisés, a, 45 ou 90 d.C., quando o Apóstolo João escreveu o Apocalipse.

Após a invenção da imprensa em 1430 pelo alemão Johann Gutemberg a Bíblia foi traduzida para mais de dois mil idiomas e impressa em quase todos países do globo. É o livro mais vendido e o mais lido atualmente. Um Best Seller, incontestavelmente. É de grande proveito, para aqueles que amam o conhecimento no âmbito da cultura geral, fazer uma leitura acurada das Sagradas Escrituras, comparando o que ali observar com os acontecimentos do mundo hodierno. A lista de acontecimentos que hoje são vivenciados pelo homem moderno, tanto no campo da ciência como na área da política, está toda ela citada nos diversos livros da Palavra de Deus. Como exemplo pode ser citado o que foi escrito por Salomão no Livro de Provérbios: “Quando o governo é formado de homens justos e honestos o povo vive feliz; mas, quando os líderes de uma nação são maus e desonestos o povo chora de tristeza. Um rei justo e honesto ajuda seu país a crescer e viver em paz; o governante que quer ficar rico às custas do povo acaba destruindo a nação.” (Pv 29:2). Os brasileiros de hoje estão chorando amargamente pela destruição da economia nacional com quatorze milhões de desempregados, economia arrasada pelo sinecurismo exacerbado da classe política dominante que, fora raríssimas exceções, só tem pensado em encher suas malas de dinheiro e em perpetuar-se no poder, em detrimento dos pobres que estão morrendo em intermináveis filas de hospitais bem como em listas de espera para exames de saúde de extrema necessidade.

A verba que falta para atendimento ao povo necessitado certamente está em contas no exterior, em imóveis tríplex e sítios em nome de laranjas ou escondida por diversas outras formas encontradas pelos larápios que compõem a classe política corrupta, pois foi desviada através das propinas, caixa dois ou salários exorbitantes definidos pelos próprios recebedores. O senhor Jesus em suas pregações ensinou que o maligno veio para roubar, matar e destruir. É isto que se está vivenciando hoje na nação brasileira: destruição da economia e consequentemente dos empregos de que tanto necessitam os pais de família, morte da esperança em dias melhores quando a cada dia o povo é bombardeado com notícias de mais e mais corrupção no meio político. São governantes maus atuando como representantes das esferas do mal que perpetuam a desgraça do povo. Cristo, ao ensinar sobre o maligno, completou o ensinamento dizendo: “mas eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”. A nação brasileira precisa voltar-se para a pessoa de Jesus e n'Ele colocar toda a esperança. Cristo é a única esperança em dias melhores. O eleitor precisa pedir a Deus sabedoria para votar. Não deve votar em troca de favores, de promessas de emprego, de ajuda de qualquer natureza pois aí reside o nascedouro da corrupção. Se há governantes corruptos no comando do país, estes foram lá colocados pelo povo. O caráter dos governantes reflete o caráter dos eleitores que os elegeram. François Pierre Guilhaume Guizot (1787-1874) filósofo francês do século XIX dizia: “quando a política penetra no recinto dos Tribunais a justiça sai por alguma porta”. E também ensinava que um povo não pode aceitar nunca o foro privilegiado de seus representantes políticos, pois países, cujas constituições permitem que os políticos tenham foro privilegiado e que os próprios políticos nomeiem os juízes desta mesma Corte, são pocilgas, hospícios legalizados em forma de nações. Há uma latente congruência entre o provérbio de Salomão e das citações de Guizot com os acontecimentos lamentáveis no meio político brasileiro. O povo precisa agir. Precisa orar a Deus e descruzar os braços fazendo o que for necessário dentro dos caminhos da justiça para desalojar do poder os corruptos. E sem demora...

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