Ano de festas, mas não só isto

14 de Janeiro de 2014
Valdete Braga

Valdete Braga

A voz geral é de que 2014 será um ano relâmpago. Preparações para o carnaval, depois o carnaval. Em seguida preparações para a Semana Santa e a Semana Santa. Logo preparações para a copa e a copa. Depois comemorações ou lamentações pelo resultado. Em seguida eleições. Quando nos assustarmos, 2015 chegou.

Dadas as devidas proporções aos comentários, deverá ser mesmo um ano breve. Além do fato do tempo estar passando rápido demais, este ano especificamente é um ano de muitas atividades em nosso país. O que preocupa nisto tudo é a possibilidade de que, com tantos eventos, nos esqueçamos de nos voltar para o país como um todo, com os seus problemas que não são de um ano, mas de décadas, quiçá séculos.

É ano de eleições. Uns dizem que o país melhorou, outros dizem que não. Uns defendem o governo atual, outros acusam. O que será que importa nisto tudo? Independente da convicção de cada um, que ela continue como convicção pessoal e não se deixe levar pelo espírito do “ano de festas”. Que nós analisemos fatos, que avaliemos o contexto geral, e não o ano de 2014 isoladamente, que, como ouvi um dia desses, será “O ANO”.

Que esta consciência não seja apenas política ou voltada para o país, mas que ela seja também voltada para o nosso interior. Que cada brasileiro veja o país e a si próprio além das festas e das comemorações. 2014 não deve ser somente o ano da copa, ou o ano das eleições. Que ele seja um ano como outro qualquer, onde, coincidentemente (ou não) copa do mundo e eleições presidenciais acontecerão. Precisamos olhar para dentro de nós mesmos e para o exterior. Individual e coletivamente. Primeiro mantermos nossa convicção e depois colocá-la em prática.

Individualmente há muito que se fazer. Cada um em sua realidade podemos e devemos fazer a nossa parte para melhorarmos a nós mesmos e ao país. Começando em nossa rua, em nosso bairro, em nossa cidade, até que a bola de neve aumente e atinja a todos. Coletivamente nossa arma é o voto. Não consideremos o “ano da copa” para a escolha de nossos candidatos. Não consideremos a vitória do Brasil (tudo leva a crer que assim será) e as comemorações para uma escolha tão importante, senão vital para a vida de todos nós. Olhemos o todo. Olhemos a situação do país. Ouçamos propostas. Estudemos os candidatos. E votemos embasados nestes princípios, por mais festas que 2014 nos traga.

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