Ataques virtuais

23 de Fevereiro de 2018
Valdete Braga

Valdete Braga

Não é a primeira, nem a segunda, e com certeza não será a última vez que falo sobre este tema. Obviamente as abordagens variam de acordo com o acontecimento, mas o cerne da questão é o mesmo: o mundo virtual. Não consigo e acho que nunca conseguirei entender como algo tão positivo, um “achado” que pode ser, e muitas vezes é, de ajuda para tantas pessoas, possa ser deturpado por gente covarde, pequena, e, porque não dizer, criminosa, que se aproveita de redes sociais para coisas, às vezes, difíceis de acreditar.

Agora foi a vez do William Bonner. Um internauta que, segundo o próprio jornalista, já o vem perseguindo há mais de um ano nas redes sociais, finalmente conseguiu tirá-lo do sério. Também não é para menos. De acordo com a matéria que li em um site e foi também bastante comentada em programas vespertinos de televisão, o indivíduo resolveu disparar sua ira contra o pai do jornalista, já falecido. Foi a gota d’água para o assunto vir a público e provocar a maior celeuma.

Não sei se foi no twitter, ou no instagram, a questão é que, segundo as palavras do próprio jornalista, ele bloqueou a pessoa 29 vezes e ela sempre voltava com novo perfil. Qualquer um de nós, pobres mortais, nos cansaríamos. Que dizer então de alguém da envergadura (falo em termos de ser conhecido) do William Bonner, âncora do Jornal Nacional.

Fico imaginando o que passa pela cabeça de uma pessoa para ela perder tempo em ficar sendo bloqueada e voltando na rede social de outra com o único propósito de ofender. Isso não é normal.

Segundo comentário em um programa de televisão, que, diga-se de passagem, não é da Rede Globo, as pessoas que, à época, fizeram ataques racistas contra a atriz Thaís Araújo, atualmente estão presas. Isto eu não posso garantir, ouvi em um programa de televisão e pode ser verdade ou mentira. Mas que seja verdade. E que a pessoa que perdeu seu tempo atacando seguidamente William Bonner também seja descoberta e punida. E que chegue o dia em que todos sejam, independente da vítima ser famosa ou não, `”celebridade” ou não, “global” ou não. Até as pessoas entenderem que crime é crime, seja no mundo virtual ou real. Melhor ainda: que chegue o dia em que as pessoas não façam mais isso. Que ninguém faça com ninguém.

Comments powered by Disqus

Newsletter

Acompanhe-nos

Encontre-nos no Facebook