Buracos são nossa sina!

02 de Março de 2018
Jornal O Liberal

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No princípio, era o caos nas vias urbanas! Barro ou poeira, buracos, pedregulhos, matagal e o diabo a quatro, para desespero do caminhante ainda não motorizado. Veio a modernidade a exibir o veículo, que um dia exigiu: asfalto! No embalo da orgia com vistas aos votos nas urnas, o asfalto se fez, para horror dos passarinhos que perderam a flora e sua fauna, comida abundante em forma de borboletas, grilos, gafanhotos, minhocas e outros seres mil. Do mesmo espaço, para que este não se tingisse de rubro na interação com rodas velozes, a criançada fugiu com seus jogos e brinquedos. Rapidez nas ruas e, nas cabeças, o medo, geraram o quebra-molas, primeiro obstáculo, em lugar dos antigos, a mostrar que nem sempre a modernidade traz vantagens aos que primam pela ordem e disciplina. Não ficou só nisso porque, não gostando de chuva, a pavimentação asfáltica se abre noutros buracos, estes mais traiçoeiros, a requerer “operação tapa-buracos”, nome pomposo, beirando ao bélico, para um reles servicinho de terceira, que só camufla e nada resolve senão consumir tributos que todos pagam. Como o lixo sob o tapete, escondem-se uns e se preparam outros, para se abrir na chuva seguinte e na seguinte, até que mais dinheiro não haja para tantos buracos! Em lugar do asfalto pobre e custoso, bem como do famigerado poliédrico (pé-de-moleque) seria bem vindo um calçamento decente, a exemplo de algumas ruas no alto da Cruz dos Monges (imediações do CAIC) mais duradouro e menos oneroso e menos propenso a buracos. Dos primórdios à atualidade, só mudou a qualidade (para pior) porque buracos continuam na perseguição à comunidade!

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