Correios na berlinda, novamente

12 de Março de 2018
Jornal O Liberal

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Já foi dito que “o Brasil não é um país sério”. O mais curioso é que atribuída a uma autoridade estrangeira (o então presidente Charles de Gaulle, da França) tornou-se prova dessa falta de seriedade. É que a afirmação teria mesmo sido feita, porém por um diplomata brasileiro, em reunião social em nossa embaixada, naquele país. De Gaulle nem teria passado por perto da conversa! Transmitida a fala por um repórter à redação de seu jornal, no Brasil, aqui foi alterada com intenções, presumivelmente, não muito ortodoxas. Desde então, o falecido herói e estadista francês tem sido xingado, porque teria insultado o Brasil! Mas essa falta de seriedade é uma constante, especialmente no que toca ao gerenciamento e soluções de problemas. Apela-se sempre à lei do menor esforço, ou seja, ao recurso, cujo ônus recaia sobre o já prejudicado. Seria como para se livrar da água suja, na bacia, também se jogasse junto o bebê! Falta educação no trânsito? Encham as vias de quebra-molas; garupeiro de moto é o atirador em assaltos? Proíbam-se motos com garupa (pelo menos já se tentou); quer-se evitar assalto a banco? Instale-se porta com detector de metais e incomode toda a clientela mansa e honesta. Enquanto isso, o bandido, querendo, usa força maior e nem o guarda reage. Em resumo, a filosofia tupiniquim reza: há culpado? Puna-se o inocente! Que paguem os justos pelos pecadores! Noticia-se que os Correios, outrora modelo de serviço público, eficiente e respeitado, entenderam de cobrar taxa extra (R$3,00) para fazer entregas no Rio de Janeiro. A estatal aponta a extrema violência, no Rio, para explicar (não justificar) a cobrança. Pergunta-se: o que o povo tem com isso? Ou o que tem o ñññ com as calças? Violência é problema do Estado que, para isso, arrecada impostos; e como arrecada! O povo tem que pagar mais essa? De cá, mais perto, mais precisamente de Mariana, vêm reclamações contra a mesma ECT, que não feito entrega de correspondências em determinados pontos da cidade. Será que se pensa aplicar o mesmo castigo em Mariana?

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