É mais fácil ser feliz

08 de Dezembro de 2013
Valdete Braga

Valdete Braga

É difícil entender certas coisas. O ser humano é imperfeito e todos nós cometemos erros e acertos nesta vida. A expressão “ninguém é santo” não existe por acaso. Nossos santos já se foram, e se ainda tiver algum por aqui é fato raríssimo. Existem pessoas especiais, cuja aura é mais resplandecente do que a da maioria de nós outros. Mas mesmo essas pessoas cometem erros, quem não os comete? O que não dá para aceitar é a agressão gratuita, a inveja descontrolada, pessoas que precisam denegrir o outro para se sentirem bem. Essas pessoas são mais do que imperfeitas, são dignas de pena.

Vinícius de Morais está corretíssimo quando diz “é melhor ser alegre que ser triste”. Ninguém é santo, mas podemos ser seres imperfeitos voltados para o bem. Errarmos por ignorância e não por maldade. Invejarmos no sentido de querer ser igual e não na negatividade para com o outro. A verdade é que ser triste, além de ser pior, é mais difícil. A maldade do ser humano é uma arma voltada contra ele mesmo. Aquele que quer atingir seu semelhante plantando calúnias acaba atingindo a si próprio, principalmente se o alvo de seus ataques for uma pessoa voltada para o bem, preocupada em ajudar o outro, e, principalmente, se for uma pessoa voltada para si mesma. Essas parecem raras, mas muitas vezes estão mais perto do que imaginamos. Elas só não se arvoram de sua bondade. Aliás, quem se arvora geralmente não é o que diz ser.

Ser alegre é melhor do que ser triste. Ser feliz é mais fácil do que ser infeliz. E a quem é assim ninguém atinge, porque o mal tem muitas facetas, mas é sempre descoberto. Aquele que tem a consciência tranqüila e limpa não precisa temer a maldade alheia. O bem exige pouco ou nada do ser humano. Já o mal... este camufla, cria histórias, fica matutando o que vai fazer para corromper quem se deixa levar. E nestas idas e vindas, uma hora fatalmente ele é desmascarado.

Imperfeitos todos somos. Maldosos não precisamos ser. Nossa imperfeição nasce conosco, mas a maldade nós a fomentamos ou não. Mau caratismo, inveja, orgulho exacerbado, baixa auto-estima, são portas abertas para a maldade se instalar em nosso coração. Depende de nós deixarmos a porta aberta ou a trancarmos. A escolha é individual. Mesmo assim, acho difícil entender aquele que abre a porta. Imitando mais uma vez o poetinha: é tão mais fácil ser alegre!

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