Explodiu-se a tranquilidade cachoeirense!

06 de Julho de 2012
Jornal O Liberal

Jornal O Liberal

A falta de segurança, há muito sentida, mas não reparada senão com “conversa mole pra boi dormir” – incluindo-se promessa de efetivo de quinze policiais militares para esta região – se alarga a cada dia, em paralelo com o recrudescimento da criminalidade. Entretanto, fala mais alto que a falta de policiamento ou despreparo das polícias, segundo análises diversas, a política de contemporização com criminosos, desde a perpetuação de leis arcaicas até a introdução de benesses, sopradas por conceitos hipócritas ditos de direitos humanos. Na verdade, o Estado finge que combate a criminalidade e que dá segurança à população; asseguram-se ao detento benesses, em franca oposição à sua índole ou disposição de prosseguimento na senda do crime; em nome da necessária e justa proteção a menores de idade, misturam-se, no mesmo saco, a infância inocente e a maturidade criminosa precoce; retira-se dos pais e do professor a autoridade, que lhes é inerente. O desarmamento, que deveria ser geral e irrestrito, para ser eficiente e justo, processa-se tão somente contra cidadãos pacatos, trabalhadores, com ficha limpa na polícia, enquanto bandidos contrabandeiam armas, comercializam e as usam acintosamente contra a população indefesa. Cidadão que mata bandido em assalto à sua residência, ainda que em clara e legítima defesa, pode ser processado se não tiver registro da arma; ao contrário, bandido mata, escapa da polícia e, se preso depois, escapa da Justiça por brechas da lei. Em apoio indireto a esse arcabouço injusto, considere-se a covardia e subserviência do cidadão tupiniquim que, longe de denunciar e testemunhar contra o crime, omite-se por trás de críticas vazias, como se o mundo pudesse explodir sem que o leve junto. Esta edição já estava na reta do fechamento, o pessoal da redação grilado com o que se diz dos últimos assaltos a residências, eufemisticamente classificados como furtos qualificados; da ocorrência de disparos de arma automática na madrugada; da ocorrência de tiro misterioso disparado para dentro de residência; da desova e semi-enterramento de corpo nas proximidades do centro urbano; quando chega a notícia da explosão de caixa eletrônico, durante a última madrugada. Só faltava esta para completar o quadro de intranquilidade. E agora, que dizem as autoridades quanto à segurança reclamada para a região centralizada em Cachoeira do Campo? Há cerca de vinte anos, chegou-se a ter delegacia instalada que, em muito teria contribuído para a inibição da criminalidade na região, se não desativada e se aumentado o efetivo da Polícia Militar, ao contrário de manutenção de quartel para destacamento, desguarnecido de recursos humanos e de equipamento para combate ao crime.

Comments powered by Disqus

Newsletter

Acompanhe-nos

Encontre-nos no Facebook