Fora da caridade não há salvação?

16 de Janeiro de 2012
Jarbas Lima Lemes

Jarbas Lima Lemes

Em tempos de tragédia, de sofrimento e dor é que se torna mais palpável o verdadeiro exercício da caridade. A caridade pura do ato de doação do tempo de cada um na dedicação ao próximo mais necessitado.

Pessoas perderam todos os bens materiais que foram conquistados com muito esforço e trabalho; pessoas perderam entes queridos, bairros inteiros foram destruídos por conseqüência das fortes chuvas deste início de ano.

Alguém pode estar se perguntando: o que faço se não tenho para oferecer o que essas pessoas necessitam?

Nestas horas devemos nos lembrar que podemos doar o nosso precioso tempo. Seja ouvindo comentando, sendo o elo entre aqueles que têm o que pensamos não ter e os que perderam tudo. Ninguém melhor para nos convencer desta realidade e nos incentivar na busca da caridade que Paulo de Tarso:

“Meus filhos, na máxima: fora da caridade não há salvação, estão contidos os destinos do homem sobre a Terra e no céu. Sobre a Terra, porque, à sombra deste estandarte, eles viverão em paz; e no céu, porque aqueles que a tiveram praticado encontrarão graça diante do Senhor. Esta divisa é a flama celeste, a coluna luminosa que guia os homens pelo deserto da vida, para conduzi-los à terra da promissão. Ela brilha no céu como auréola santa na fronte dos eleitos, e na terra está gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: passai à direita benditos de meu Pai”.

“Podeis reconhecê-los pelo perfume de caridade que espargem ao seu redor. Nada melhor exprime o pensamento de Jesus, nada melhor resume os deveres do homem, do que está na máxima da ordem divina”.

“O espiritismo não podia provar melhor a sua origem, do que a oferecendo por regra, porque o reflexo do mais puro cristianismo. Com essa orientação, o homem jamais se transviará”.

“Aplicai-vos, portanto, meus amigos a compreender-lhe o sentido profundo e as conseqüências de sua aplicação, e a procurar por vós mesmos todas as maneiras de aplicá-la. Submetei todas as vossas ações ao controle da caridade, e a vossa consciência vos responderá; não somente ela evitará que façais o mal, mais ainda, vos levará a fazer o bem. Porque não basta uma virtude negativa, é necessário uma virtude ativa. Para fazer o bem, é sempre necessária a ação da vontade, mas para não fazer o mal, bastam freqüentemente a inércia e a negligência”.

“Meus amigos, agradecei a Deus, que nos permitiu gozar a luz do espiritismo. Não porque somente os que a possuem possam salvar-se, mas porque, ajudando-vos a melhor compreender os ensinamentos do Cristo, ela vos torna melhores cristãos”.

“Fazei, pois, que vos vendo, se possa dizer que o verdadeiro espírita e o verdadeiro cristão são uma e a mesma coisa, porque todos os que praticam a caridade são discípulos de Jesus, qualquer que seja o culto a que pertençam”.

Paulo de Tarso (1860)

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