GRAVE. E dê PLAY

22 de Maio de 2012
Neto Medeiros

Neto Medeiros

A gravidade da falta de sagacidade. A greve cerebral da massa de manobra. A mão-de-obra quase escrava ou isso, pra sempre encher o bolso dos larápios. Jesus sem dentes no país dos analfabetos e assassinos. Cachoeiras e morros. Precatórios e sinos... Sempre mais um pepino. Todo dia. Pobre que sempre paga o pato! Transporte, ensino, estudo, saúde, acesso...

Tudo defasado. Ônibus lotado. Palavras que nos fuzilam com a mentira, ou a verdade, ou a hipocrisia, ou a falsidade. Mais uma promessa de deixar pra amanhã... Tempo confuso e desconcertante. Sinfonia de todo dia: Amanhã vai melhorar...

Mas as pessoas continuam a morrer nas filas dos hospitais. Ocupadas na sala de jantar. Mais um “nóia” pede um trocado na rua. Mais um é enganado. Mais uma mulher é agredida. Mais um pobre que se enche de filho pra ganhar mais dinheiro do Brasil Carinhoso. Mais um estádio levantado com nosso dinheiro. Mais uma mansão, um iate, um helicóptero. Ao invés de uma creche, uma escola, um museu...

O culpado sou eu. Afaluado e afanado. E o máximo que faço é cruzar as mãos. Que tudo mais vá pro inferno! Meu umbigo é minha pátria como diria o poeta Geuder Martins...

Acho melhor parar por aqui com o medo de me tornar enfadonho. Só gostaria de não mais sentir o gosto amargo do desespero em saber que a evolução é morosa. Bastante morosa...

Enquanto isso, na novela global, a protagonista se torna amiga de quem mais odeia pra depois se vingar. Aff. Um horário nobre que mostra hostilidade, sexualidade confusa, piriguetes e traições... Como é difícil pensar...

Amanhã, pra libertar os ouvidos e as mentes, tem Geleia Real. Até lá.

Comments powered by Disqus

Newsletter

Acompanhe-nos

Encontre-nos no Facebook