Lavras Novas

05 de Outubro de 2012
Alex Bohrer

Alex Bohrer

Foram muitas as expedições que esquadrinharam o território minerador à procura de veios auríferos. Milhares de aventureiros afluíram constantemente à região dos grandes centros. Neste contexto se insere o surgimento de Lavras Novas que, como o próprio nome indica, marca lugar de exploração mineral mais recente, se comparada com os arraiais mais antigos da Bacia do Rio das Velhas (como Sabará e São Bartolomeu).

Em 9 de outubro de 1762, a pedido dos moradores, a Igrejinha de Nossa Senhora dos Prazeres foi elevada à capela filial da Freguesia de Santo Antônio de Itatiaia (atual Itatiaia, distrito de Ouro Branco). Este orago – Nossa Senhora dos Prazeres – é bastante incomum na região das minas. Outro exemplo desta invocação é a Nossa Senhora dos Prazeres de Milho Verde, no Serro.

O povoado ainda guarda as características dos arruamentos originais da época da colônia, sem grandes intervenções posteriores: é certo que o casario sofreu muitas modificações, mas o formato de acampamento, ereto em torno da antiga ermida, foi mantido no largo que se formou à frente e aos fundos da atual igreja (reerguida, ao que parece, na segunda metade do século XVIII). O gracioso cruzeiro de pedra, que orna o largo citado, é símbolo da fé dos primeiros habitantes, marcando o fervor religioso barroco no espaço público das ruas.

Corre lenda muito disseminada que o local tenha tido, em sua origem, um quilombo, para o que, contudo, não encontramos documentação comprobatória. Lavras Novas só foi elevada à categoria de distrito no ano de 2005, no dia 22 de outubro.

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