Mais que um carpinteiro

18 de Novembro de 2016
Geraldo Gomes

Geraldo Gomes

Jesus completara trinta anos de idade e chegara o momento de iniciar sua vida pública para cumprir o que fora planejado pelo Pai. Até então Ele havia trabalhado na carpintaria de José, seu pai adotivo, na pequena cidade de Nazaré, na Alta Galiléia, juntamente com seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas (Mt. 13:55). Eis por que foi chamado de Galileu. Ajudava José na construção dos artefatos de madeira que vendiam para a população da Galiléia e circunvizinhanças. A cidade de Nazaré, apesar de ser uma pequena cidade com cerca de oitocentos habitantes onde todos se conheciam, era um centro de produção de móveis de carpintaria, vocação que perdura até os dias de hoje. Era este o meio de vida da família de José, o carpinteiro de Nazaré. Maria, mãe de Jesus, uma mãe exemplar, digna de ser tomada como modelo por todas as mães, observava os filhos e o marido na lida operária e os apoiava naquilo que era de sua responsabilidade central do lar, pois Deus criara a mulher para ser auxiliadora do marido em todas as circunstâncias da vida (Gn. 2:18).

Maria sabia que dentre seus filhos, Jesus era especial. Fazia trinta anos ela guardava em seu coração um segredo: a origem divinal de Jesus, pois antes de co-habitar com José, achara-se grávida por obra do Espírito Santo. Em seus ouvidos ainda ressoava a voz do anjo Gabriel ao anunciar-lhe que mesmo virgem ela se encontraria grávida pelo Espírito Santo e daria à luz um varão ao qual deveria pôr o nome de Jesus (Lc. 1:30-31).

Na época em que Jesus completou trinta anos, em Israel o homem se emancipava com esta idade. Era a lei. Esta é razão por que Jesus ficou até completar a maioridade sob a autoridade dos pais. Em tudo Ele deu exemplo de obediência. Mas, ao completar trinta a maioridade, Ele estava livre para sair de casa e iniciar a carreira proposta pelo Pai: sua missão era a de ser o Salvador da humanidade, tarefa que lhe foi confiada pelo Deus Altíssimo.

Ele não nascera para ser carpinteiro. Nascera para ser o remidor de todos os pecadores que n'Ele creem. Jesus é muito mais que um carpinteiro, é o Salvador do mundo. Falando a Nicodemos doutor da Lei em Jerusalém, Ele disse: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito para que todo aquele que n’Ele creem não pereçam, mas tenha a vida eterna (Jo. 3:16). Jesus não veio para julgar, mas para salvar os pecadores.

A missão de Jesus foi e continua sendo única em toda história da humanidade, assim como único foi o seu modo de vir ao mundo. João Batista, profeta enviado por Deus, pregava e batizava no Rio Jordão quando Jesus foi a ele para ser batizado, fato que marcou o início de sua vida pública. Dois dos discípulos de João, no outro dia, ouviram a sua proclamação quando disse ao ver Jesus passar: eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo. 1:35). João, naquele momento reconhecia mais uma vez que Jesus não viera para ser carpinteiro, mas Ele era o cordeiro de Deus, o remidor de todo o mundo.

Três anos durou o ministério público de Jesus. Não só pregou sobre o Reino de Deus e a necessidade de salvação, como também curou muitos doentes e oprimidos por espíritos malignos. Muitos sinais e prodígios Ele fez para demonstrar o poder de Deus e para trazer à luz o seu Reino. Nos quatro evangelhos, os primeiros livros do Novo Testamento, estão registrados muitos dos atos e dos ensinamentos de Jesus. Vale a pena fazer um estudo acurado destes tomos da Bíblia. Jesus é a Luz do mundo como afirmam as Sagradas Escrituras. Quem segue Jesus não anda em trevas. Ele é a luz do mundo! Quem anda com Cristo não anda em trevas, passou das trevas para a luz.

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