O Medo sempre esteve, e espero que sempre continue.
Testemunha irritante na boca do estômago.
Eu descalço, parado, descançando nos degraus gelados.
O leão negro de olhos vermelhos desce a escada. Aproxima-se ritmado;
O leão albino e cego, de dentes amarelos, sobe a escada rápido rugindo
a babar.
O Medo sempre esteve, e espero que sempre continue.
Faço questão que fique. Porque é pra ele que eu vou falar,
depois de chegar à tranquilidade por coragem,
que ele sempre esteve errado.
E ele há de me escutar.
Filipe Felipato