Na atualidade, ética é manga de colete

09 de Junho de 2013
Jornal O Liberal

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Em tempo de inversão de valores, quando interesses pessoais, mesmo os mais inconfessáveis, negam o respeito devido à família, aos amigos, aos companheiros em quaisquer atividades, falar em fidelidade pode ser como brado no deserto; sem eco, ou ter a zombaria como resultante, se não ranger de dentes, em confronto direto pelo “direito” de subverter o estabelecido e aceito dentro do espírito democrático. Não mais o respeito à palavra dada; não mais o compromisso com o grupo que o acolhe, forma, burila e lhe dá projeção, mais valendo bugigangas e purpurina, lançadas por oportunistas do momento. Dentro da coletividade a abrigar múltiplos e diversos valores individuais, grupos de indivíduos existem para congregar interesses, valores, ideais e talentos semelhantes sob o mesmo conjunto de normas. E são essas normas, sustentação moral do grupo, que devem ser cumpridas individualmente, para que o todo se mantenha coeso e firme no cumprimento dos objetivos que se propõe em benefício dos próprios componentes e da coletividade. Embora, dentro das condições do voluntariado, a muitos possa parecer passível de não cumprimento do serviço não remunerado, manda a ética o contrário, em respeito a todos participantes do mesmo grupo, que aceitam e cumprem as normas em comum. O próprio termo, voluntário, expressa a livre decisão do indivíduo ao ingressar no grupo, cabendo-lhe, então, o cumprimento das normas previamente conhecidas. Se segundo grupo lhe parece mais adequado aos seus interesses e ideais, que tenha a coragem de romper, em definitivo, com o primeiro, para que este não sofra as consequências da infidelidade, indisciplina e falta de ética.

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