No mato... sem cachorro!

15 de Setembro de 2017
Jornal O Liberal

Jornal O Liberal

R. Koeppel (*)

Todas as pessoas que tem um cão sabem como um animal é carinhoso e inteligente. Quem não tem um cachorro e tem medo, às vezes quer agredir ou até matar alguns. Temos vários exemplos disto, à nossa volta. Foi o que aconteceu, há poucos meses, em Cachoeira do Campo, com o “Negão”. Um cachorro super-dócil, que agradava a todos e até freqüentava as missas às quartas-feiras, chegando na hora, deitando-se no chão enquanto assistia a missa e retirando-se ao final. Regular e educadamente. Era um cão feliz. Logo deram um jeito nele: Apareceu morto, envenenado...

Os cães têm um senso de orientação e de destino absolutamente formidável. Sabem achar o retorno para sua casa, mesmo se forem deixados bem longe. Podem demorar até dias, mas acabam retornando. E não perguntam para ninguém. Acham o caminho correto por instinto.

Não é o que acontece conosco, seres humanos. Ou perguntamos e confiamos no que nos informam, ou temos que anotar detalhes dos caminhos, para chegarmos ao local de destino. Donde o sucesso dos smartphones com o uso da tecnologia GPS. Mas mesmo o GPS não substitui o instinto canino. O GPS informa onde você está (perdido, certamente) mas não aonde você quer chegar. Isto você tem que saber e informar ao GPS. Que então lhe mostra o melhor caminho, o caminho mais rápido ou até o caminho mais bonito. E você escolhe, sabendo agora que vai chegar onde quer. Só assim um GPS substitui um cachorro. Que sempre ajuda você à sair do mato.

A expressão “Estou no meio do mato, sem cachorro!” vem da época onde não havia GPS. No meio do mato, sujeito a cobras e lagartos, a chuvas e trovões, sempre é bom você saber como sair de lá, quando você assim decidir.

Pois, meu amigo, estamos no meio do mato, há poucos meses de uma nova eleição. Cobras e lagartos já começam a crescer, a ocupar espaço. Estão exercendo um direito “deles”. Tá na hora de ou arranjar um cachorro que saiba nos levar ao Brasil que queremos ter para sermos felizes ou, por nossa decisão, continuarmos a conviver com cobras e lagartos. Precisamos deixar todas as cobras e lagartos para trás. Eles que fiquem no mato, sozinhos. Que morram de fome!

Millôr Fernandes, já falecido, dizia: “Fora nós três, que estamos nesta mesa tomando um café, todos os demais, que estão neste restaurante, são safados!”. Ou seja, temos a visão do nosso grupo e enxergamos os participantes dos demais grupos como incompetentes, gente ruim, ladrões. Nas demais mesas do restaurante, o mesmo ditado é verdadeiro. Portanto seríamos nós também, na visão dos demais cidadãos, pessoas inadequadas?

Sérgio Cortella, um grande brasileiro, um filosofo de mão cheia, nos diz: “Faça somente o que possa contar depois para seus amigos. Se você é gente boa, pratique o bem. E fique feliz podendo contar para os seus amigos. Se você é traficante, trafique. E fique feliz ao contar para seus amigos. Misturar o seu tipo de ação com o perfil de seus amigos, não vai lhe trazer felicidade”. Opa! Então, de repente, você começa a entender coisas que ocorrem no contexto político brasileiro.

Nós todos, ao lermos o jornal diário, vemos que o que está acontecendo é digno de uma floresta cheia de cobras e lagartos. Eles, os políticos no poleiro, não falam a nossa língua. E nós não entendemos o que eles falam. Nem eles entenderão o que nós queremos, se não começarmos a ter uma linguagem comum. Quem vai para o poleiro nós escolhemos, somos culpados ou responsáveis por isto. Assim poderemos ter, na Câmara dos Deputados, no Senado, nas Câmaras de Vereadores, pessoas do nosso grupo, do grupo de brasileiros que são bons.

Brasileiros como você, que não roubam, que não são corrompidos, que não corrompem, que pensam no futuro comunitário. Que querem, simplesmente, ser felizes. Portanto, o desafio agora será que sejamos os vencedores nas próximas eleições.

Com um detalhe: os “inimigos”, os que estão nas outras mesas, os que são do outro time, também estarão fazendo de tudo, principalmente “aquilo”, que você esta conhecendo agora, tem acontecido de forma crescente no Brasil. O que queremos é que o PNB – Produto Nacional Bruto, que é a soma de tudo o que se produz no Brasil, cresça, para todos. E não apenas para alguns grupos, privilegiados por Lei. Mas tem outro PNB que vem crescendo, enquanto nos acomodarmos e não falarmos, em idioma que todos entendam, o que queremos.

Este idioma se chama “voto democrático” onde todos, como maioria, escolhem quem fará o PNB-B (PNB Bacana) crescer e termos um futuro para nós, nossos filhos e netos, melhor, mais justo, mais humano. Para todos.

E o que é este outro PNB que vem crescendo? Você sabe. Você tem filhos, tem amigos, têm vizinhos. Todos estão recebendo um PNB indesejável. Pois o PNB da moda, se você não sabe, significa “Pé na Bunda!” Oh! Como isto dói... Antes só acontecia nas outras mesas do lugar onde estávamos. Agora acontece na nossa mesa, na nossa família...

Precisamos, com urgência, escolher um cachorro. Que nos leve para fora deste mato cheio de cobras e lagartos. Queremos, sim, que o Brasil tenha um PNB-B. E que não demore muito, senão nós todos e até os nossos cachorros vamos morrer tristes. Eles não merecem. Acho que nós também não... Aconteceu com o “Negão”, pode acontecer conosco também... Estamos no mesmo barco. Pense nisto.

(*) Rodolfo Koeppel mora em Glaura. Portanto é eleitor em Ouro Preto. Tem gente boa sentada na sua mesa, compartilhando bons momentos. Gente que não quer latir, não quer morrer como o Negão. Quer é sair do mato, mas não tem cachorro ainda. Se você souber onde existem cachorros bacanas, do seu grupo, avise. Rodolfo só não quer ficar sozinho no mato, sem cachorro! Você gostaria de vir tomar um café conosco? Traga junto o seu cachorro! Teremos bons momentos. Você merece! Ele mais ainda... Faça contato: Rodolfo.koeppel@gmail.com

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