Novelas, velas e morros

03 de Abril de 2012

Neto Medeiros

Sério. Estou mesmo sem assunto. Não estou procurando chocá-lo. Muito pelo contrário. Confesso que estou um pouco acima do tom. Ou não. Sei lá. O que sei é que mesmo assim ou assado eu quero continuar a...

Sei lá. Queria desabafar. Ou mesmo continuar a dizer palavras soltas pelo ar. Continuar a respirar e tentar mudar as coisas. Ou mesmo decodificar as energias em torno do todo...

Ah vá! Será o perdigoto ou o arroto a única coisa que nos une? Será mesmo a dúvida a incerteza da pureza? O que não é o que não pode ser? Será mesmo que terminou o carnaval?

Vai saber. Mente confusa cheia de egoísmo vazio. Calafrio do sentimento que não conforta... Sei lá. De repente o elo da corrente não seja a mente. Talvez sejam as coisas além das frases. Ou somente a semente da mentira. Algo além do que podemos explicar ou sentir. Feito a vida. Ou mesmo a morte...

O afago. O bocejo. O cheiro do café. O gosto da infância. As lembranças tenras. O mel. Melancia. Cana. Utopia. Sonhos. Bate papo. Sinuca. Pipa. Rapadura. Mar. Verão. Borboleta azul. Matrix da internê...

Não sei. Ou sei o que nada sei. Ou somente o só de meus anseios. Minhas angústias sem fim. Ou meio. Ou início do fim. Enfim, tenho que misturar palavras e continuar esperando a união que reinará. A evolução que não faz mal. Portas e janelas que se abrem pro maior.

Amanhã talvez. Ou não. Intervalo. Vida trancada em megabits e pixels. Demagogia da orgia. Loucura careta. Ambulância ligada pra ser igual Moisés. Mais um período. Uma história, uma analogia, um impulso...

Quando comecei com meus pretensos devaneios, não imaginava a evolução e o presente da presença aqui. Farei seis anos de Outro Planeta também. Quero somente agradecer. De novo. Pois honestidade e gratidão não são qualidades, são obrigações. Muito obrigado de novo! E de novo! E de novo...

No dia 31 de março de 2007, cruzava o céu de Ouro Preto a primeira edição do Geléia Real. Agora, este ciclo completa 5 anos.