O Adeus ao majestoso Pinheiro

27 de Outubro de 2017

Jornal O Liberal

Chiquinho de Assis

É com tristeza, mas com resiliência e respeito às instituições e aos pareceres técnicos, que nós nos despedimos dessa árvore que por mais de um século testemunhou a história da Rua São José.

Após um longo Inquérito Civil, sob o número 0461.12.000088-4, uma série de relatos técnicos indicaram a necessidade do corte. Foram apresentadas manifestações do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa, dos peritos da Central de Apoio Técnico do próprio Ministério Público de Minas Gerais e, por fim, um exame de Tomografia realizado na árvore por uma empresa particular, contratada para tanto.

Todos os cinco documentos concluíram pelo risco de iminente queda com alta exposição de alvos materiais e de pessoas. Há pontos questionáveis em alguns documentos, no entanto não foi apresentado nenhum parecer dando segurança pela permanência da árvore através de laudo técnico, emitido por profissional habilitado e devidamente registrado em conselho de classe responsável.

Destaco o papel imparcial e sério dos técnicos da Secretaria de Municipal de Meio Ambiente na condução desse processo, mesmo diante das críticas mais extremistas.

Fica aqui o nosso sentimento, mas o nosso respeito às decisões técnicas.

Muitos, maldosamente, perguntarão:

Aonde está o Partido Verde nessa hora?

Os respondo com tranquilidade: o Partido Verde respeita o estado democrático de direito e milita pela vida em todos os sentidos.

Que possamos ter ali outra árvore da mesma espécie plantada e que toda a madeira dessa árvore cortada possa ser destinada a ações artísticas e sociais.

Continuo amando Ouro Preto, sua natureza, seus monumentos e sua gente.