O Bode Zé na milésima edição do O LIBERAL

25 de Junho de 2012
Jornal O Liberal

Jornal O Liberal

Esta coluna não tem a numeração cronológica do jornal, pois não surgiu na primeira edição do jornal, mas na de número 17, segunda quinzena de julho de 1989, criada pelo fundador do O LIBERAL, D. J. Rendeiro de Noronha. Inspirado em personagem de novela, em exibição naquela época, Noronha a destinou a críticas mais contundentes a fatos e personagens da história em curso, na Região dos Inconfidentes, sem esquecer os destaques no restante do território tupiniquim. Escrita com certo humor, valendo-se de analogias e alegorias no trato dos fatos e personagens, a coluna ganhou simpatia popular, na mesma proporção do temor expressado por quem pisa na bola entre seus semelhantes ou se envolve em tretas e mutretas, na perseguição ao maior e melhor para si. Consolidada como tribuna livre, a serviço do bem e do certo, da harmonia entre os homens (mulheres também), a envolver também a natureza, a partir de 1994 e aos poucos, Noronha a confiou ao redator Nylton Batista, integrante da equipe desde 1993. Curiosamente, quando o jornal entra no vigésimo quinto ano de fundação, vai ao ar “repeteco” da novela na qual se inspirou Noronha para nomear a coluna. Durante todo esse tempo, O BERRO DO BODE ZÉ ecoou, ecoa e ainda ecoará na Região dos Inconfidentes a denunciar o que incomoda ao “Zé”, ao “Mané”, e também ao “João” e ao “Barão”. Tendo como marca a foto de belo espécime caprino, nas primeiras edições, O BODE ZÉ berrou forte contra muitos erros e por, diversas vezes, foi ouvido e atendido com a correção de rumo dos acontecimentos. Neste momento, o velho BODE substitui o berro por reverência de agradecimento ao público leitor – especialmente àqueles que compreendem a razão desta coluna – e em homenagem ao seu criador D. J. Rendeiro de Noronha!

Jornal não inventa, repassa o que lhe informam

Há um ti-ti-ti no ar a envolver o fato de O LIBERAL nada noticiar sobre a onda de assaltos, muito ousados, diga-se de passagem, que traz pânico a Cachoeira do Campo. O momento é, realmente, preocupante e se compreende perfeitamente a angústia, chegando à revolta do cidadão pela falta de segurança e, ainda por cima, por falta de informação. Entretanto, o jornal não pode criar em torno da mera informação de rua, mas tê-la de fonte fidedigna, oficial, ou diretamente com os envolvidos nas ocorrências. A fonte oficial, Polícia Militar, não mais repassa informações. E quando as repassa, omite nomes dos presos em flagrante, tratando-os como se suspeitos fossem. No caso dos recentes assaltos, em Cachoeira, ao que parece, nenhum criminoso foi identificado e informações teriam de ser repassadas pelas vítimas. Aí, esbarra-se na covardia, no medo de se expor e de testemunhar, qualidades em contraposição à fanfarronice, às livres discussões, denúncias e acusações, em feiras, esquinas e botequins desse imenso território tupiniquim. Pessoas falam, xingam, reclamam, mas na hora do “pega pra capá” todo mundo cai no mato! Do outro lado da omissão popular, no reino dos “abafa fogo”, há os que pleiteiam tratamento macio ao malfeitor, não mais o epíteto “ladrão” aos que furtam, roubam, assaltam e ainda matam. Pelo andar da carruagem, ladrão chegará a ter título de “doutor”; aliás é o que muitos já possuem. Pleiteia-se isonomia dentro da classe, já! Por essa razão o O LIBERAL não tem noticiado as ocorrências de assalto. Simplesmente informar que o roubo se consumou, em tal ou qual lugar, a “rádio peão” já faz muito bem!

Comments powered by Disqus

Newsletter

Acompanhe-nos

Encontre-nos no Facebook