O combustível nosso de cada dia

25 de Maio de 2018
Priscilla Porto

Priscilla Porto

Estou escrevendo esta crônica, porque, por enquanto não preciso de combustível – etílico – para fazê-lo.

Mas, na próxima sexta, posso não ter mais combustível – orgânico – para realizar nem a mais simplória das atividades.

E posso, ainda, nem conseguir que a minha filha pequena vá à escola. E, por isso, não conseguir comparecer ao serviço. Mas talvez, devido à paralisação dos transportes, as escolas nem funcionem, e os serviços nem abram, os produtos alimentícios não cheguem, tampouco o gás e muito menos o combustível.

Mas talvez não consiga escrever a próxima crônica, porque embora a situação política, econômica e vexatória atual seja um combustível e tanto, em termos de assunto, pode ser que o papel e a tinta acabem. Quem saber até a energia elétrica? Podendo ainda, e muito provavelmente, cessar o transporte do jornal físico.

Tudo isso por causa do maior assunto em voga - em qualquer rede social ou conversa de roda: a greve - de nem uma semana ainda! - dos caminhoneiros no Brasil e todo o caos emergencial que a mesma consegue gerar.

Ou talvez na realidade:

Tudo isso por causa do maior assunto em voga - em qualquer rede social ou conversa de roda: a greve - de nem uma semana ainda! - dos caminhoneiros no Brasil e o caos crônico do país que a mesma pode vir a exterminar. Isso porque, ao “atrapalhar” toda a nossa rotina, essa greve possa ser capaz de sacudir os brasileiros e fazer o gigante adormecido que está dentro de cada um de nós – despertar!

*Autora dos livros “A verdade que as mulheres não contam” e “Para alguém que amo – mensagens para uma pessoa especial”.

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