O poder da fé

05 de Maio de 2017
Geraldo Gomes

Geraldo Gomes

Em meio à turbulência no palco existencial da vida hodierna, pode parecer a alguns, anacrônica, a preocupação de certas pessoas com a questão da fé. Fé, uma palavra tão pequena, mas, que carrega consigo uma importância enorme na vida do ser humano. A fé faz toda diferença na vida de quem a tem, em relação à forma de viver daqueles dela desprovidos. A Bíblia diz que sem fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que é galardoador dos que o buscam (Hb11:6). No livro de Hebreus encontra-se uma definição de fé: “é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem”.

O Apóstolo Paulo, o maior pregador de todos os tempos, escrevendo a Carta aos Romanos informou que no Evangelho do Senhor Jesus Cristo é revelada a justiça de Deus. Uma justiça que do princípio ao fim vem pela fé, como está escrito: “o justo viverá pela fé” (Rm1:17). A pregação de Paulo é estribada na sua fé em Cristo, com quem teve um encontro miraculoso no caminho de Damasco. De perseguidor de cristãos tornou-se perseguido pelo amor ao Evangelho do Senhor Jesus. Para isto ele teve de cair do cavalo em que cavalgava na sua perseguição aos irmãos que haviam saído de Jerusalém. Teve também de ser curado de sua cegueira espiritual em que vivia na sua prática religiosa. A religião, muitas vezes, é um empecilho para as pessoas enxergarem Deus. Paulo era um grande religioso lutando contra Deus. Pode ser percebido isto na pergunta que Jesus lhe fizera: Saulo, Saulo, porque me persegues? Para se entender o real sentido da morte vicária do Senhor Jesus na Cruz do Calvário é necessário que o homem se achegue a Deus pela fé. A morte de Cristo é que propicia ao homem a salvação. Para que isto aconteça, é necessário ouvir a Palavra de Deus pois a fé vem pelo ouvir. É necessário ao homem também descer do cavalo chamado orgulho, pois muitos, do alto do intelectualismo, consideram a Bíblia como mais um livro apenas, escrito por homens. Não a consideram como um livro inspirado pelo Espírito Santo, desconhecendo o que Paulo diz em sua carta a Timóteo: “toda Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para todo boa obra” (II Tm3:16-17). Interpretam-na segundo os limites da finita inteligência humana.

Jesus, ensinando seus discípulos sobre a fé, quando estes lhe pediram para aumentar-lhes a fé, disse: “aquele que tiver fé do tamanho de um grão de mostarda dirá a esta amoreira desarraiga-te e planta-te no mar e ela obedecerá” (Lc17:6). Com isto o Senhor Jesus estava informando que mesmo uma pequena fé é capaz de surtir grandes efeitos na vida de quem a tem. O grão de mostarda é um dos menores grãos existentes na natureza. Não é a fé nem o tamanho dela que opera os milagres. O operador de milagres é Deus. Ele honra a fé dos corações contritos e responde as orações feitas em nome de Jesus, único mediador entre Deus e os homens. Jesus disse: credes em Deus e credes também em mim. Quem obedecer as palavras de Cristo e entregar-se pela fé nas mãos do Deus todo poderoso certamente terá condições de desarraigar, pela fé, de sua vida, os problemas inerentes à vida conturbada do mundo atual, e lançá-los no mar da inexistência. Andar com fé porque a fé não costuma falhar é um verso de uma famosa canção de Gilberto Gil. Ele só esqueceu de dizer, talvez por desconhecimento, que a única fé que funciona é a fé em Deus, pai de Nosso Senhor Jesus Cristo. A fé em qualquer objeto feito pela mão do homem ou em entidades é inoperante e constitui uma afronta ao Deus Criador. O homem, portanto, deve agir com prudência e sabedoria ao escolher em quem põe a sua fé. Disto depende toda sua vida futura, aqui, e no porvir.

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