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28 de Julho de 2012
Neto Medeiros

Neto Medeiros

Há 301 anos nossa cidade ganhava a condição de Vila e passaria a ser chamada então de Vila Rica. Hoje, depois da corrida dourada, escravidão, lendas, dogmas, contradições, suor, lágrimas, poder e conspirações, estou aqui a falar um pouco sobre essa coisa inexplicável chamada Ouro Preto.

Aqui, na cidade inóspita encravada nas montanhas. Aqui na terra guardada pelo pico maluco que aponta ao céu. Aqui, na mesma cidade de João, Francisco, Ninica, Antônio, Dirceu, Felipe, Paulo, Chico, Zé, Maria, Marília...

Há seis anos começava a compartilhar o cotidiano desta cidade emblemática...

Hoje sinto que Ouro Preto faz parte de mim, assim como eu dela. Uma simbiose rara e especial. Aqui me sinto livre. Crio. Recrio e aconteço junto com a cidade patrimônio. Me inspiro a continuar buscando rimas, traços e metas. Por isso agradeço por ter o privilégio de viver e fazer parte deste esplendor barroco...

Aqui encontrei o amor de minha vida, meus devaneios, minhas ânsias, meus reflexos e evoluções. Aqui descobri a América e os latinos. Aqui trombei com argentinos, franceses e humanos. Aqui experimentei o quanto é “bão” evoluir e sair da sarjeta para o convívio social. Aqui aprendi que quem sabe faz a hora... Aqui tive sensações inexplicáveis. Inspirações únicas...

Aqui aprendi a amar essa cidade e a lutar de alguma forma por ela. Aqui aprendi que é uma dádiva pertencer a Ouro Preto. Sentir Ouro Preto...

Que Ouro Preto continue a ser esse esplendor visual, e que esses fil@&Q7da@*%ta que adoram o osso farto do poder, aprendam de uma vez por toda que quem constrói essa cidade e merece um pouco mais de respeito é VOCÊ...

Parabéns a todos aqueles que contribuíram nesses anos de história. Parabéns Outro Planeta...

Liberte Seus Ouvidos!!!

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