Ouro, incenso e mirra

06 de Janeiro de 2017
Geraldo Gomes

Geraldo Gomes

Quem empreende a agradável tarefa de ler o Novo Testamento, o segundo tomo das Sagradas Escrituras, encontra logo no início do livro de Mateus o primeiro dos quatro evangelhos sinópticos, a descrição de alguns fatos marcantes correlacionados ao nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Como predissera Miquéias, profeta contemporâneo de Isaias cujas profecias tiveram lugar setecentos anos antes da era cristã, Jesus nasceu em Belém da Judeia nos dias do Rei Herodes (Mq 5:2).

De acordo com o Evangelista Mateus um fato que alarmou o Rei Herodes e toda a cidade de Jerusalém foi a visita repentina de alguns magos que vieram das regiões do oriente e procuravam nesta cidade o Rei dos Judeus que, diziam, havia nascido e era merecedor de adoração. Para isto, ou seja, para adorá-lo é que vieram de tão longe, explicavam. Reuniram-se então os principais sacerdotes e escribas de Jerusalém que interpretando o texto sagrado disseram que o Messias esperado, se de fato nascera, só poderia ter nascido em Belém, pois assim a profecia indicava. Determinados, aqueles magos rumaram para Belém até que a estrela que os guiava parou sobre a casa onde estavam o menino e sua mãe.

A Bíblia não diz quantos magos vieram do Oriente e, nem registra os nomes destes viajantes. Quem imagina ser três o número de magos precisa voltar ao texto bíblico que trata desta passagem para retificar seus conceitos. Ela informa porém que eles trouxeram em suas bagagens três tipos diferentes de presentes para serem ofertados ao recém-nascido: Trouxeram ouro, trouxeram incenso e trouxeram mirra. Estes três presentes são de alta significância profética no que concerne à personalidade de Jesus: o ouro indicava que os magos consideravam que Jesus era Rei, pois aos reis era sempre ofertado ouro quando alguém vinha de terras distantes a visitá-los; o incenso mostrava que aqueles viajantes acreditavam ser Jesus o Filho de Deus e como tal era digno de receber incenso que só era ofertado a Deus, neste caso ao Deus Filho; e, por último ofertaram mirra, presente que profetizava sobre o embalsamamento do corpo de Cristo após a sua morte na cruz do calvário. O embalsamamento do corpo de Jesus com mirra, após a sua morte na cruz do calvário, foi feito por José de Arimatéia e Nicodemos, fato descrito no evangelho de João (Jo 19:39-40).

Jesus Cristo é Rei que morreu, ressuscitou e vive reinando para sempre à direita do Pai. Bem-aventurado o homem que se submete ao seu reino e dele se torna súdito, acatando todos os seus mandamentos. Jesus Cristo é Deus na pessoa do Filho Unigênito que fora enviado pelo Pai na forma de homem para remir o mundo. Desta forma demonstrou Deus o seu grande amor pela humanidade, enviando o seu próprio filho para morrer por todos. O Apóstolo João em seu evangelho informa a todos que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto, Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, pois não crê no nome do unigênito Filho de Deus (Jo 3:16-18).

Completa ainda João: O Pai ama ao Filho e todas as coisas tem confiado em suas mãos, por isto quem crê no Filho tem a vida eterna; o que todavia se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus (Jo 3:36). Aceitar os ensinamentos bíblicos e considerar a origem divinal do Senhor Jesus Cristo é uma questão de fé e de bom senso. A fé é um dom de Deus, mas o bom senso é uma questão de inteligência.

Muitos preferem não raciocinar a respeito desta questão porque a vida com Cristo exige responsabilidades as quais não estão dispostos a assumir. Isto é uma questão de escolha. É oportuno lembrar que o homem vive em um caminho de escolhas. Porém cada escolha gerará consequências inexoráveis à mesma. Escolher viver com Cristo, sem dúvidas, é incomparavelmente melhor. Experimente!...

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