Para que fogo?

06 de Outubro de 2017
Jornal O Liberal

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Ainda bem que, para o bem de todos, a chuva chegou, ou o mundinho de cada um estaria fadado a virar cinzas, tal o ímpeto com que piromaníacos estavam a deitar fogo em tudo, por onde passavam. Não somente os olhos se ardem com a fumaça ou a visibilidade fica comprometida no ato de conduzir veículo; não somente o ar fica pesado e irrespirável. Há que pensar nas pequenas vidas, se não importantes para o egoísmo humano, são essenciais para o equilíbrio da natureza, a mesma à qual o Homem está vinculado, independentemente de sua vontade soberba. Difícil flagrar o criminoso do fogo que, se visto, não tem quem o delate ou testemunhe contra si. Então a lei, para o bem maior, poderia ampliar o campo das proibições, não mais permitindo a fabricação de isqueiros e limitando os fósforos ao “tamanho família”, para uso doméstico, quase sem necessidade em tempo de fogões dotados de acendimento próprio; poderia restringir o ato de fumar ao recinto doméstico, reduzindo assim as doenças provocadas pelo tabagismo e impedindo que se lancem bitucas acesas à beira das estradas. Quem quisesse assumir o risco de doença provocada pelo cigarro, que fumasse em casa. Com exceção dos fumantes (cujo vício deve ser combatido sem trégua) ninguém tem necessidade do porte de fogo. Por outro lado, que o trabalho dos bombeiros se reduza, nesse aspecto, em favor de outras circunstâncias desfavoráveis à vida.

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