Quem manda ri e quem obedece chora!

11 de Julho de 2012
Jornal O Liberal

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Com atestado passado por vovô e vovó, o mineiro diz, desde o tempo em que se amarrava cachorro com linguiça, que diante de mais reza, mais assombração aparece. E é o que tem acontecido com a população carente de serviços, especialmente na área da saúde, obrigando pacientes a buscar especialidades médicas fora da região, enquanto lhes sobram problemas por falta de fiscalização, competência e segurança pública. A onda de assaltos, ditos “furtos qualificados”, culminou com a explosão dos caixas eletrônicos, praticada por bandidos tão habilidosos na prática criminosa, que não provocaram um só arranhão no prédio, deixando até a lâmpada acesa. Como sempre se procede neste país, a retaliação veio contra a população que, já assustada e sem a quem apelar, ficou sem as geringonças eletrônicas onde sacava alguns caraminguás de suas contas. Enquanto os bandidos fugiam, no mesmo dia, os pontos de saques bancários foram desmontados e retirados, deixando a clientela a ver navios, sem qualquer aviso prévio. Que vão os clientes se queixar ao bispo; é o que devem ter pensado os banqueiros. Sabendo- se que para cada lágrima há sempre um sorriso, quem transporta pessoas para Ouro Preto e para Itabirito, está rindo à toa! Como se não bastasse a poluição sonora diuturna, provocada pelos “jecas do asfalto”, que se comprazem na perturbação do sossego, aquele fim de semana trouxe seis jipeiros, que entenderam de transformar o bairro dos Metalúrgicos (Marmelada) em pista de competição na primeira hora da madrugada; barulho ensurdecedor e poeira foi o que tiveram os moradores, como se vivessem na terra da “mãe Joana”. E o cidadão empreendedor se vê pressionado pela burocracia que, despertada após anos de omissão, cobra deveres com prazo restrito e dá retorno em prazo alongado. Conclusão: pra eles (administração pública, ladrões, banqueiros, perturbadores da ordem) tudo! Pra nós (população em geral) nada!

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