Shimon Perez

07 de Outubro de 2016
Geraldo Gomes

Geraldo Gomes

Faleceu aos 93 anos no dia 27 de setembro último, em Tel-Aviv, o ex-presidente de Israel Shimon Peres, vítima de um AVC que sofrera seis semanas antes. Era o último fundador de Israel ainda vivo. Nascido na Polônia em 1923, Szymon Perski, Shimon Peres em hebraico, mudou-se com os pais para a Palestina em 1934, com apenas onze anos, onde crescera em um Kibutz às margens do Mar da Galiléia. Tornou-se um grande ativista político do movimento sionista que cada vez mais ganhava adeptos e se fortalecia na época de sua juventude.

Militante da corrente trabalhista do sionismo, em 1947 foi um dos líderes da Haganah, milícia judaica na Palestina precursora do hoje Poderoso Exército de Israel. Foi introduzido na vida política em 1947 pelo grande líder israelense David Ben-Gurion que viu no jovem Shimon Peres uma grande liderança, tão necessária para a concretização dos sonhos de criação da nova pátria desejada pelos judeus tão perseguidos em todas as partes do mundo onde viviam, principalmente na Alemanha. Muitos fatos concorreram para acelerar as decisões da ONU em direção à formação de uma nova pátria para os Judeus. O holocausto perpetrado por Hitler foi o maior deles, quando morreram mais de seis milhões de judeus.

Shimon Peres ocupou vários ministérios sendo duas vezes Primeiro Ministro. Recebeu, pelo acordo de Oslo, o Prêmio Nobel da Paz, em 1994, juntamente com Yitzak Rabin e Yasser Arafat, chefe da Autoridade Palestina. Considerado pacifista por uns e belicista por outros, o fato é que ele se tornou um carismático líder de estatura mundial, admirado por grande número dos principais líderes do mundo. Em seu funeral, na última sexta-feira em Jerusalém, estavam presentes grandes líderes de todas as principais nações.

Logo no inicio de sua vida política em 1947 Shimon Peres conheceu Osvaldo Aranha, ministro das Relações Exteriores do Brasil no governo do Presidente Eurico Gaspar Dutra. Aranha teve na ONU atuação decisiva no surgimento do Novo Estado de Israel. Neste ano, ele foi o Presidente da II Assembleia Geral da ONU, Organização das Nações Unidas, recém-criada. Esta assembleia votou o plano da ONU de partição da Palestina que culminou na criação do Estado de Israel. O Brasil, portanto, teve importante participação diplomática na criação do Estado de Israel, motivo pelo qual os judeus são eternamente gratos. Existem, em homenagem a Osvaldo Aranha, em praça pública naquela pátria uma estátua deste, e nome de rua em Tel-Aviv, segunda cidade mais importante do país.

Shimon Peres e Osvaldo Aranha trabalharam em conjunto e incansavelmente para a aprovação pela ONU do plano de divisão da Palestina em duas partes que seriam ocupadas pelos judeus e pelos palestinos, respectivamente. A votação aconteceu em 16 de setembro de 1947 e, em 14 de maio de 1948 foi fundado o novo Estado de Israel.

Para os teófilos e teólogos cristãos estudiosos da Bíblia a fundação do Estado de Israel não aconteceu pela vontade humana. Aconteceu em cumprimento de várias profecias bíblicas, portanto pela vontade de Deus. Nos livros dos profetas Isaias e Ezequiel há várias citações sobre a refundação da nova pátria para os descendentes de Abraão que foram dispersos mundo a fora nos anos 70 quando os exércitos romanos destruíram Jerusalém e toda Israel, devido às constantes revoltas dos judeus contra o Império Romano. A diáspora judaica durou até o surgimento do Novo Estado de Israel.

Hoje há um movimento contínuo de retorno dos judeus para sua antiga pátria, a terra de Canaã. É o cumprimento da profecia de Ezequiel (36:24-28) que diz: “pois eu os tirarei dentre as nações, os ajuntarei do meio de todas as terras e os trarei de volta para a sua própria terra. Aspergirei água pura sobre vocês e ficarão puros; eu os purificarei de todas suas impurezas e de todos os seus ídolos. Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e darei um coração de carne. Porei o meu Espírito em vocês e os levarei a agir segundo os meus decretos e a obedecer fielmente as minhas leis. Vocês habitarão na terra que dei aos seus antepassados; vocês serão o meu povo e eu serei o seus Deus”.

No livro do Profeta Isaias encontra-se outra profecia sobre a nova pátria almejada dos descendentes de Jacó. (Is 66:8). O Deus de Abraão pergunta através do profeta: “quem ouviu uma coisa destas?,... quem já viu tais coisas?... Pode uma nação nascer em um só dia, ou pode-se dar à luz um povo num instante? Pois Sião estava em trabalho de parto, e deu à luz seus filhos”.

Sião é o nome do monte onde está edificada a capital indivisível de Israel: Jerusalém. Daí veio o nome sionismo que é o movimento de retorno do povo judeu para sua terra. Jerusalém foi centro administrativo do Reino de Israel desde quando foi conquistada dos Jebuseus pelo Rei Davi há mais de três mil anos. Na linguagem metafórica do Profeta Isaías, Sião dá à luz a um povo, pois estava em trabalho de parto. A nação fora criada em um só dia, no dia 14 de maio de 1948, em cumprimento da profecia. Muitas outras profecias há que poderiam ser citadas e que dizem respeito à formação do Novo estado de Israel. Mas as duas supracitadas são bastante para mostrar que a Palavra de Deus não falha. Isto é o que confirmou o Senhor Jesus Cristo, o Deus Filho, quando disse: “passarão os céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar”.

A história tem mostrado que a Palavra de Deus tem se cumprido em vários aspectos, não só no que se refere à recriação do Estado de Israel. Basta acompanhar o avanço da Ciência em nossos dias. Basta ver o desamor latente entre as pessoas na atualidade, e, comparar com o que disse Jesus: nos últimos tempos o amor de muitos esfriará. Jesus prometeu voltar a este mundo para resgatar os seus, aqueles que ouvem a sua voz e o seguem.

Enquanto Ele não vem a oportunidade está posta para todo aquele que quer considerar estas coisas e tomar uma posição ao lado de Cristo. Vale a pena ouvir a voz de Cristo. No livro de Apocalipse está registrado o convite de Jesus: “eis que estou à porta e bato, se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele e ele comigo”. A ceia é algo que se come somente com as pessoas íntimas. Com esta palavra o Senhor Jesus mostra que deseja ter intimidade com todos que abrirem a porta do coração para O receber. Esta é uma experiência da qual ninguém se arrependeu de ter vivenciado. Experimente também. Você não arrependerá...

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