Sujou, limpou!

08 de Junho de 2018
Jornal O Liberal

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Verdadeiramente digna, justa, razoável, salutar e elogiável a tradição da ornamentação das vias públicas, por ocasião de significativos eventos religiosos, que não são muitos durante todo o ano. A origem de tais manifestações populares remonta ao período colonial, quando havia, por parte de cada um, até mesmo uma certa preocupação na exteriorização da religiosidade, para não parecer herege aos agentes do Santo Ofício (Inquisição) que, na Europa, levou muita gente à morte na fogueira. Mantém-se ao longo dos séculos o costume das belas toalhas, arranjos de plantas, de flores e outros ornamentos nas fachadas e janelas residenciais. Antes da iluminação elétrica, luminárias (então compostas por arranjos de velas) eram até obrigatórias por ocasião de eventos noturnos. Com o uso da eletricidade, converteram-se nas lanternas, hoje fixadas acima das janelas. Os arranjos de flores se mantêm no calçamento das ruas, mas em alguns lugares, como o nosso distrito sede, converteram-se em artísticos tapetes de flores e outros materiais, produzidos pela população durante a noite antecedente ao evento. Tudo muito bonito e louvável, conforme já dito! Mas passado o evento, pisoteada a ornamentação, há que conviver com a sujeira até o dia seguinte, onde o serviço de Limpeza Urbana não é destacado para a limpeza extra? Assim, seria também verdadeiramente digno, justo, razoável, salutar e elogiável que os ornamentadores se encarregassem da limpeza, logo após o evento!

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