Abastecimento precário revolta moradores de Engenho d’Água

Ouro Preto,
19 de Janeiro de 2015

Manutenção e solução de problemas no abastecimento são realizadas pelos próprios moradores. Semae diz desconhecer o problema

Representantes da Associação Comunitária do Engenho D’Água se reuniram para manifestar a insatisfação com o serviço prestado, ou como eles afirmam, a falta de manutenção e atenção por parte do Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) de Ouro Preto, à localidade. De acordo com os moradores, toda a manutenção na barragem, assim como obras para melhorar a qualidade do abastecimento foram realizadas pela própria população local.

Desde setembro do ano passado, durante o período crítico de seca que toda região passou, a população iniciou a resolução dos problemas com recursos e mão de obra própria. Devido ao grande vazamento, a barragem foi desativada por integrantes da associação, que improvisaram um encanamento para levar a água diretamente ao reservatório, sem ter que passar pela barragem. Adicionalmente, a barragem abandonada se encontra imunda atualmente, inclusive com pequenos animais apodrecendo no local. “Nós ficamos semanas sem água, a situação estava incontrolável. O vazamento era grande e sempre estávamos sem água. Procuramos o Semae, mas nunca fizeram nada, então resolvemos nos juntar na tentativa de resolver o problema paliativamente”, atestou um dos moradores.

O local onde a água é captada é longe e de difícil acesso, e a limpeza do local é realizada também por voluntários. Além do vazamento, a cerca em volta da nascente foi danificada e animais pastam ao redor, deixando fezes e urina na água. “Nós subimos aqui praticamente uma vez por semana, para ver como está a situação, pois funcionários do Semae ficam até quatro meses sem vir até aqui. Nós somos os maiores interessados e não podemos ficar esperando a boa vontade de quem deveria fazer. É um absurdo”, desabafa outro morador.

Eles afirmam que até o registro da caixa d’água principal foi comprado com a contribuição de R$5,00 de alguns moradores, há alguns anos.

A assessoria de comunicação da Autarquia disse que a diretoria desconhece o caso e afirmou que faria um levantamento do problema para encontrar uma solução.

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