Acusado de agredir comerciante em Itabirito se defende

Itabirito,
17 de Fevereiro de 2014

Na última edição do jornal O LIBERAL, 1080, foi publicada matéria relatando a agressão sofrida por um comerciante de Itabirito, Donizete da Conceição de Paulo. Sem lograr contato com o acusado, João Batista Evangelista, conhecido como João Pisca, até o fechamento da matéria, o jornal abriu espaço essa semana para que o mesmo possa responder às acusações relatadas pelo agressor.

Em entrevista à reportagem de O LIBERAL, João Pisca afirmou que as confusões com Donizete teriam começado, de fato, no dia cinco de janeiro, quando sua filha estacionou sua moto em frente ao comércio de Donizete, que não teria gostado da atitude da moça e ameaçado “arranhar” a moto, caso não a retirasse do local. O marido da proprietária da moto, “que não gostou da atitude do rapaz”, teria afirmado que se caso ele de fato danificasse o veículo da esposa, a situação acabaria em briga. João afirma ainda que naquele mesmo dia, à noite, Donizete teria jogado algumas bombas na porta do salão de propriedade de sua filha, que fica ao lado do seu bar, e então teria se iniciado um mal estar entre seu filho e Donizete.

João Pisca conta que já no sábado, dia 25 de janeiro, quando Donizete teria sofrido a agressão, o mesmo estava promovendo churrasco na porta de sua loja, e que o som estava muito alto, incomodando os vizinhos. Segundo João, a Polícia foi acionada, mas devido ao grande número de ocorrências na cidade naquele dia, não houve atendimento ao chamado.

O dono do bar afirma que tentou convencer Donizete a baixar o volume do som, mas que o mesmo teria ignorado o pedido e começado a insultar e instigar João. Quando de noite, Donizete teria saído com o seu carro, e foi então que o João Pisca teria bloqueado o veículo em frente à loja de Donizete, como forma de impedir que o mesmo “voltasse com o som alto por toda a noite”.

João afirma ainda que Donizete teria atirado uma bomba contra si, enquanto saía do carro, e que por sorte esta não o acertou. Foi aí que teria jogado a cadeira na frente do carro de Donizete e desferido “algumas porradas” na vítima, que estava dentro do carro. O amigo de Donizete, que estava no banco do carona, “teria ainda levado a mão ao porta luvas”, e João, temendo que houvesse alguma arma lá dentro, teria usado de taco de sinuca para se defender. Ainda segundo o acusado, sua família teria tentado apartar a briga, e não o contrário. Com medo de toda situação, João ficou foragido por alguns dias, e quando voltou, foi à delegacia para realizar um boletim de ocorrência contra Donizete.

“Eu tive prejuízos financeiros no dia da confusão, pois tive que devolver dinheiro aos usuários do bar que pagaram para ouvir música na máquina de som. Além de ter que pagar a banda que tocaria no bar no domingo, como tive que ficar foragido eu não pude abrir o bar no outro dia, tendo um prejuízo de mais de três mil reais”, conta João. João ainda elogiou o bairro onde mora, São José, e afirmou que o patrulhamento é frequente na rua, desencorajando assim qualquer futura briga entre vizinhos.

Já o amigo que estava no banco do carona com Donizete, Gilson Rodrigues, afirmou que João teria deixado o bar já com o taco em mãos, e assim que a vítima abaixou o vidro do carro, o agressor teria deferido os golpes. Donizete negou todas as acusações, informando que não teria jogado nenhuma bomba contra o agressor ou sua família.

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