Agentes de saúde e de endemias passam por capacitação sobre febre amarela

Itabirito,
17 de Fevereiro de 2017

Profissionais de Itabirito estão aptos a esclarecer as dúvidas da população

Mesmo sem o registro de casos de febre amarela em Itabirito, os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate a endemias da cidade passaram por uma capacitação sobre a doença nas últimas semanas. Eles receberam orientações como as indicações de vacinação, formas de prevenção, ciclos de transmissão, vetores e outras informações importantes. O objetivo é que os profissionais estejam preparados para sanar todas as dúvidas da população.

No total, 115 profissionais que atuam na zona urbana e rural receberam orientações.

As palestras foram realizadas pela equipe da Vigilância em Saúde em parceria com a Atenção Primária. De acordo com o coordenador técnico de Vigilância Ambiental Leonardo de Freitas, devido a grande divulgação dos casos registrados em Minas Gerais, muitas pessoas estão preocupadas. “É importante que os agentes, que têm um contato direto com a população, tenham todas as informações necessárias para orientar. Hoje, muitas pessoas estão em busca da vacina, gerando uma demanda muito grande, mas nem todas têm indicação para serem vacinadas”, explica.

Na oportunidade, os agentes receberem informações também sobre como o macaco pode ajudar a identificar a febre amarela. “É importante que a população entenda que os macacos são vítimas da doença tanto quanto o ser humano. O adoecimento e morte destes animais é um sinal de alerta, pois significa que algo errado está acontecendo. Mas quem transmite a doença é o mosquito”, alerta a diretora da Vigilância em Saúde, Kátia Pacheco.

Para o agente Júlia de Jesus Pereira, que atua em São Gonçalo do Bação, a capacitação foi importante para que eles se sintam mais preparados para orientar os moradores. “Muita gente está perguntando sobre a doença. Eu estava com dúvidas com relação ao contágio e, durante o treinamento, isto foi bem esclarecido. Ficou mais fácil para explicarmos para as pessoas”, diz.

Quem deve se vacinar?

De acordo com as orientações do Ministério da Saúde, devem se vacinar pessoas entre nove meses e 60 anos que moram ou vão viajar para as regiões de risco e que não tomaram a primeira dose ou que tomaram somente uma dose há mais de dez anos. As pessoas que tomaram a primeira dose há menos de dez anos ou que já tomaram as duas doses não precisam ser vacinadas. Em caso de viagem, a vacina deve ser aplicada com antecedência mínima de dez dias.

Pessoas com mais de 60 anos, crianças com até seis meses, grávidas e lactantes com amamentação exclusiva de crianças de até seis meses de idade, pessoas imunodeprimidas, como pacientes oncológicos e/ou baixa imunidade, e pessoas com alergia grave a ovo e derivados não têm indicação de tomar a vacina.

É importante ressaltar que a vacina é produzida somente por laboratório público e, portanto, o acesso é exclusivo pela rede SUS. Desta forma, o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde, responsáveis pela distribuição da imunização, estão priorizando a entrega nos municípios onde estão ocorrendo os surtos. Em Minas Gerais, as regiões onde foram identificados casos da doença são os Vales do Rio Doce e do Mucuri e Zona da Mata.

Em caso de dúvida ou identificação de macacos doentes ou mortos, entrar em contato pelo telefone 3561-4033.

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