Ainda desabrigados após as chuvas no final do ano passado

Mariana,
04 de Outubro de 2012

Ao que parece, as chuvas do final de 2011 tiveram o poder de, não somente provocar desabamentos como os da rodoviária Ouro Preto – que precisou da retirada de 6 mil caminhões de terra para sua desobstrução – mas também de manter as pessoas por quase um ano em desabrigo. Esse é o caso de Gislene Dias, que desde março mora no antigo “Sopão” da Prainha, junto a sua irmã, que pediu ocultação de sua identidade, por medo de “represálias”.

Gislene saiu de sua residência no dia 13 de dezembro do ano passado, devido a um desabamento “que veio em cima de sua casa”. Ninguém se feriu. No entanto, ela perdeu “todos os bens materiais”. Segundo diz, tudo que tem agora “foi doação”. Na ocasião, se passavam somente 12 dias, tinha dado a luz ao seu caçula, mas acatou a solicitação da Defesa Civil de retirar-se do lugar, que se encontrava em área de risco. Sua irmã, que também estava em situação de risco, porém em outra casa, mas ambas na Prainha, também foi realocada.

No local atual, habitam duas famílias, em dois cômodos diferentes. Em um cômodo ficam Gislene e seus dois filhos. No outro, vivem sua irmã, namorado e quatro crianças de seis a dez anos. Além disso, também reclamam de “tanque entupido e das caixas d’água que vazam, por causa do suporte podre”. Gislene, questionada do porquê de não realizar as alterações necessárias por conta própria, explica que ainda não o teria feito pela falta de dinheiro e pela dificuldade de criar dois filhos pequenos, o que a atrapalharia em arrumar emprego.

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