Alunos da rede pública de Mariana receberam prêmios do concurso de redação do “Proteger é Preciso”, uma iniciativa da Fundação Vale em parceria com a Oficina de Imagens, que aborda temas sociais recorrentes aos jovens muitas vezes vistos como tabus. O concurso é resultado de uma parceria das instituições com a Secretaria de Educação de Mariana, que as salas de aula discussões sobre formação e participação dos estudantes em atividades relacionadas aos temas Direitos Sexuais, Adolescência e Prevenção à Violência Sexual. Uma das vencedoras foi Ana Luiza Roque, 8º ano, da Escola Municipal Dom Oscar de Oliveira. Com o título “Querido Diário”, Ana Luíza falou, em seu texto, sobre o preconceito aos alcoólicos anônimos.
“Foi uma ótima experiência participar do concurso. Minha mãe ficou muito orgulhosa de mim”, revela a estudante vencedora. “Às vezes a gente não tem oportunidade de falar sobre alguns assuntos em casa, mas a escola abre esse diálogo com a gente”, continua. A inspetora da Superintendência Regional de Ensino, Erenice Rodrigues, aprovou o trabalho realizado. Para ela, através de projetos como esse, os alunos aprendem mais sobre os direitos que têm. “Eles têm fala e conseguem se expressar quando fazem essas poesias e esses contos. É uma valorização muito importante para o aluno. Que venham mais projetos como esse para que os meninos possam falar e aprender também em relação à sexualidade, discriminação e tudo o que for preciso para se tornarem realmente cidadãos”, completa Erenice.
Para a professora de Ana Luiza, Vera Rocha, o projeto ajuda a tratar de temas sociais dos quais a escola não pode se isolar. Ela conta que quando os alunos fizeram os textos, foi como uma atividade avaliativa e não um concurso, para que os textos tivessem a cara dos próprios alunos, livres de pressão. “Nós já havíamos trabalhado com vídeos e outros elementos em sala e então eu propus a atividade. O texto dela, que fala com o diário, retrata exatamente o momento pelo qual jovens da idade da Ana passam. É um texto com uma doçura infantil, em transição para a adolescência”, completa a professora. Como prêmio, a aluna e a professora foram contempladas com um tablet, e a escola Dom Oscar de Oliveira recebeu um notebook.