Apae de Ouro Preto participa das discussões sobre fechamento das Associações em todo o Brasil

Ouro Preto,
30 de Agosto de 2013

O fechamento das escolas de Educação Especial, Apaes, parece ser uma realidade próxima no Brasil.A decisão partiu do Ministério da Educação, que acredita que o atendimento de estudantes com deficiência precisa ser feito de forma integrada a fim de garantir o pleno desenvolvimento deste público.

O Ministério sugeriu ações como o financiamento do chamado atendimento educacional especializado, que pode ser feito dentro da escola regular, e um atendimento individualizado dialogando com a escola em que o aluno está inserido. Os chamados ‘apaeanos’ estão fazendo protestos em todo o país e não concordam com a medida, lembrando que essa mudança precisaria de critérios, e que os pais e alunos das Apaes precisam ter direito de escolha sobre se querem ser transferidos ou não da instituição.

O fechamento, porém, só deve acontecer em 2016, prazo para que as escolas regulares se adaptem para receber os alunos. Em 2014 as matrículas já não poderão mais acontecer nas Apaes. O MEC garantiu salas com recursos multifuncionais, e a capacitação dos professores será feita.

A presidente da Apae de Ouro Preto, Maria Imaculada Gonçalves, explicou que a escola de Ouro Preto não é contra o processo de inclusão em sí. “Sabemos das limitações do sistema público de ensino para colocar em prática um processo de aprendizagem voltado para pessoas com deficiências, o que defendemos é que a inclusão deve acontecer gradativamente, com consciência e acompanhamento profissional, uma vez que os educadores da rede pública de ensino não são capacitados para atender essa demanda”, explicou.

Segundo Imaculada, a Apae de Ouro Preto está unida a toda a rede apaeana no país, para se mobilizar com o objetivo de conscientizar o poder público da importância do papel das Apae’s junto à sociedade.

Sobre as Apae’s - As Associações dos Pais e Amigos dos Excepcionais desenvolvem um trabalho que busca a atuação social, física, intelectual e emocional, e é essa atenção que existe nas Apae’s e precisaria continuar existindo nas escolas inclusivas.