Áreas de risco são mapeadas em Ouro Preto

Ouro Preto,
10 de Fevereiro de 2014

O projeto foi uma conquista do município por meio da Defesa Civil

A Prefeitura de Ouro Preto, por meio da Defesa Civil, conseguiu um convênio com o Ministério da Integração Nacional através do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) para a realização do projeto de mapeamento detalhado das áreas de risco em Ouro Preto. As atividades começaram no dia 15 de janeiro e tem previsão de 30 dias para serem finalizadas. Segundo a Defesa Civil, o município possui uma área de risco de 60% do seu território, e o estudo desses locais é importante, pois fornece opções de obras estruturais para a redução dos comprometimentos.

Para o coordenador da Defesa Civil de Ouro Preto, Sebastião Evásio, esse mapeamento de risco detalhado e com indicações de possíveis obras que podem ser realizadas, possibilita ao município conseguir verbas junto ao Governo Federal para desenvolver os trabalhos necessários nos locais. “Essa época de calor provoca chuvas de intensidade média à alta, e isso favorece os deslizamentos corriqueiros na cidade. É importante sempre ficar atento”, destaca.

O trabalho está sendo feito na cidade pela empresa Pangea. Ela possui dois geólogos que estão mapeando setores de risco de nível alto e muito alto e apontando possíveis obras de prevenção de desastres a serem realizadas nesses locais. Também há dois geógrafos que realizam um estudo da situação de mais de duas mil casas que estão dentro do perímetro mapeado. Assim que estiver pronto, o projeto será encaminhado ao Ministério da Integração para análise e devolvido ao município num prazo de seis meses.

Segundo Sebastião Evásio, o município teria um gasto muito alto se tivesse que realizar esse trabalho. O convênio veio em boa hora. “Para nós ouro-pretanos, essa é uma iniciativa muito importante, pois as obras apontadas no mapeamento, sendo realizadas, garantirão mais segurança e conforto aos moradores dessas áreas não sendo necessário que eles saiam de suas casas”, ressalta o coordenador.

Histórico de acidentes

Ouro Preto tem um histórico significativo de desastres devido não só ao seu relevo montanhoso e ondulado, mas também pelas casas construídas em pontos com alto risco de deslizamentos. Em dezembro de 2011, o incidente no qual toneladas de terra soterraram toda a parte lateral da rodoviária despertou a população e a gestão municipal para a prevenção de acidentes como este.

Na época, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) fez um mapeamento geral no local do deslizamento que soterrou a rodoviária e das áreas mais afetas pelas fortes chuvas nos meses de dezembro e janeiro. O que a empresa Pangea está fazendo é uma continuidade desse trabalho, porém de forma mais detalhada e com indicações de obras de prevenção. Com esse projeto em mãos, será possível colocar em prática o Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) que tem como objetivo detectar e classificar todas as áreas de risco em Ouro Preto e nos distritos, indicando obras e intervenções para prevenir e solucionar os problemas causados pelas chuvas na cidade.

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