Banda Cachoeirense tem livro lançado

Ouro Preto,
06 de Julho de 2012

O Museu da Inconfidência acaba de editar o livro Banda Euterpe Cachoeirense: acervo de documentos musicais – música sacra – Manuscritos, organizado pela musicóloga Mary Angela Biason e sob coordenação técnica de Waldeci Luciano Ferreira. A publicação é fruto do trabalho com os músicos da Banda Euterpe Cachoeirense, uma das mais antigas de Minas Gerais, fundada em 1856 no distrito de Cachoeira do Campo. O projeto de catalogação foi administrado pela Associação dos Amigos do Museu da Inconfidência com verbas oriundas do Fundo Estadual de Cultura mantido pela Secretaria de Estado de Cultura. O Catálogo, que está disponível para pesquisa na biblioteca do Museu, situada na Casa do Pilar (Rua do Pilar, 76, Anexo III), conta com 315 obras classificadas, com descrição metódica e detalhada de cada peça musical. Este volume é dedicado à música sacra manuscrita – o acervo ainda possui obras populares e impressas que serão catalogadas e publicadas futuramente pelo setor de Musicologia do Inconfidência, que tem como função coletar, conservar, catalogar, pesquisar e divulgar as informações contidas nos papéis de música – testemunhos do passado musical mineiro. A Banda Euterpe Cachoeirense mantém atividade ininterrupta por 156 anos e exibe em seu acervo histórico instrumentos antigos, a árvore de campainha e o estandarte da Banda do século XIX, além de documentos administrativos e musicais. A sua história iniciou-se pouco antes da data de criação, quando o Capitão Rodrigo Murta e o Mestre Tássara tentavam organizar uma corporação musical. Somente em 1856, porém, Rodrigo Murta efetivou sua fundação com o nome de Companhia Euterpe Cachoeirense. Em meio à efervescência política do Império, Cachoeira do Campo se dividia em dois partidos – Conservador e Liberal. O fundador da Euterpe se alinhava com o Partido Conservador. Nos anos seguintes, disputas internas e diferenças ideológicas levaram os membros simpáticos ao Partido Liberal a sair da Euterpe e fundar a corporação musical denominada “União Social”. Como a sede da Euterpe ficava na parte alta da localidade, passou a ser conhecida como Banda de Cima, e a União Social como Banda de Baixo. Apesar de ter sido chamada, por algum tempo, de Banda de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira local, a Euterpe não nasceu em função de festas religiosas. O único vínculo com a Igreja é a animação dos festejos.

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