Teatro mais antigo em funcionamento da América Latina está interditado há mais de um ano
A Casa da Ópera de Ouro Preto, o teatro mais antigo em funcionamento da América Latina, título por enquanto interrompido, está interditada há mais de um ano para reforma. De acordo com a prefeitura, a expectativa é de que o imóvel passe por melhorias dentro de três meses e seja reaberto para as atividades ainda no final de julho.
Segundo superintendente de Cultura e Patrimônio do município, Wanderson José Rolla Gomes, o processo licitatório deve ser publicado dentro de uma semana. “Todo o procedimento administrativo já foi montado e agora está em revisão pelas partes competentes para que possamos publicar o mais rápido possível”, explicou.
Os laudos dos Bombeiros e também da Defesa Civil, emitidos na época da interdição, relatavam alto risco de incêndio e problemas na parte elétrica e estrutural. Para evitar acidentes aos visitantes, público e até mesmo trabalhadores o espaço foi fechado em janeiro do ano passado.
Com a reforma será realizada a manutenção da rede elétrica com as revisões dos sistemas de combate a incêndio e de detecção de fumaça, além da substituição de todos os extintores do teatro. Já a viga que foi tomada por cupim ela será tratada e receberá um pequeno reforço para evitar futuros problemas. “A recuperação da parte elétrica e a adaptação aos novos sistemas atenderá às normas técnicas de segurança vigentes”, ressaltou Gomes.
A Casa Ópera
O teatro foi inaugurado em 6 de julho de 1770, no dia do aniversário do então rei de Portugal, dom João VI, e é o mais antigo da América Latina. Símbolo da ópera, a Casa serviu de palco para vários cantores famosos. Com o formato de lira, é um dos poucos no mundo que recriam o instrumento símbolo do nascimento da ópera. Com a acústica perfeita, foi construído pelo coronel João de Souza Lisboa, com provável projeto arquitetônico de Mateus Garcia, seguindo as linhas do barroco italiano desaparecidas na mudança da fachada em 1861. O local possui 350 lugares e fica no Largo do Carmo.