A família Pedrosa, natural de Cachoeira do Campo, queixa-se do destino dado a um casarão situado próximo à Matriz de Nossa Senhora de Nazaré, pertencente em suas raízes à família. Hoje, em poder da Prefeitura de Ouro Preto, encontra-se em estado de abandono.
O casarão foi pertencente à família durante quatro gerações e depois passou para as mãos da Prefeitura, no ano de 2010. Dona Ivanilde Suely Pedrosa explicou que quando sua avó, Maria Benvinda Pedrosa, faleceu, o casarão foi vendido para um de seus tios, Elias Geraldo da Silva, com o propósito de que o prédio continuasse na família.
Depois de anos, os filhos de Elias resolveram vender a casa novamente, pois todos estavam com idade avançada e morando fora de Ouro Preto, sem condições de dar ao casarão a manutenção periódica necessária. Assim, Ivanilde foi encarregada de encontrar um comprador para a casa de seus primos.
Ivanilde procurou a Prefeitura de Ouro Preto, ainda na gestão de Angelo Oswaldo, contando com o interesse na compra da casa. Angelo Oswaldo demonstrou logo sua vontade, mas ofereceu um valor menor do que o pedido pela família. Ivanilde encontrou outro comprador, parente distante da família Pedrosa, mas o negócio acabou sendo fechado pela Prefeitura. A família acreditava que a Administração se preocuparia em dar a manutenção necessária ao prédio e usá-lo a serviço da comunidade.
Desde 2010, a história de bisavós, avós, tios e de vários netos está abandonada e, segundo a família, caindo aos pedaços. Não foi encontrada a destinação útil para o prédio que aparenta estar em ruínas, já que na última semana uma parte da cozinha veio a cair.
A família que se enraizou no casarão cobra respostas e uma reforma imediata do prédio para que mais uma parte da história de Ouro Preto não venha a ruir. “Trata-se de uma casa muito grande, que pode ser usada como um PSF, ou um Centro Administrativo, uma creche... assim ficaríamos tranquilos de que a nossa família seria honrada com o casarão sendo usado em favor da nossa comunidade”, entristeceu-se Ivanilde.
Ela afirmou que já procurou explicações na Prefeitura de Ouro Preto, mas não conseguiu respostas. Vereadores também foram procurados, mas até agora nenhum retorno foi dado.