Circo, Arte-Educação e Cidadania pode acabar por falta de verba

Ouro Preto,
19 de Outubro de 2015

Coordenadores do projeto pedem apoio do executivo

Com o objetivo de sensibilizar o poder público e buscar o apoio dos vereadores, representantes do Circo, Arte-Educação e Cidadania, projeto da Organização Cultural Ambiental (OCA), participaram da Tribuna Livre na reunião da Câmara na terça-feira (29).

Sem recursos financeiros para dar continuidade ao projeto no próximo ano, o coordenador Eduardo França destacou a importância do Circo não só para as crianças, mas também para a cidade como um todo. “É preciso valorizar o que é da cidade, o que é nosso. O projeto é referência na Rede de Atenção a Crianças e Adolescentes, e afirmo aqui que é uma importante iniciativa para que a Rede funcione, pois nós interagimos e acompanhamos a criança em todos os atendimentos como CRAS, CREAS, CAPSi. É um processo integrado”, reforçou França.

Sobre as dificuldades financeiras, Eduardo explicou que a crise acabou refletindo no projeto. “O Circo tem passado por dificuldades desde o início, mas nós conseguimos sempre dar um jeito. Nós tínhamos apoio de uma empresa, mas infelizmente a crise que assola o país acabou nos atingindo também. Estamos num impasse com a Lei de Incentivo a Cultura, que é o mecanismo de apoio ao projeto”, explicou. “Nós precisamos urgente de um convênio que garanta a manutenção deste trabalho social, que atende hoje 150 crianças e jovens ouro-pretanos no período do contra turno escolar, e tem seus benefícios estendidos às famílias e comunidades”, complementou.

O vereador Chiquinho de Assis sugeriu que os vereadores se mobilizem para mostrar que o que falta é o interesse do executivo. “Nós precisamos ampliar o nosso olhar crítico. O prefeito gastou mais de R$800 mil com projeto de um túnel que ninguém nunca viu. Só com Coffe Break de 2013 a este ano foram mais de R$900 mil. Afirmo isso pois, nós da oposição estamos trabalhando muito para levantar esses dados. Nós temos que nos articular para mostrar que a prefeitura tem dinheiro, o que falta é intenção”, afirmou Assis.

O encontro contou com grande participação dos integrantes do Circo, assim como familiares e representantes de escolas para dar apoio ao movimento. “O Circo protege nossas crianças e a gente tem que proteger o circo. Então o Circo não pode parar”, clamou Paula Quaranta, diretora da escola Municipal Juventina Drummond. “Fico orgulhoso com a presença dos alunos, escolas e pais que são a base do nosso trabalho”, agradeceu Eduardo.

O Circo

O “Circo da Gente” é um programa de ação sociocultural e educativa que faz uso das artes e do circo para oferecer oportunidades de desenvolvimento físico e social a crianças e jovens da periferia de Ouro Preto, do distrito de Miguel Burnier e da comunidade do Mota, em Minas Gerais. Desenvolvido pela Organização Cultural Ambiental (OCA) o Programa atua desde 2009, contribuindo para o crescimento da juventude local no exercício ativo de sua cidadania.

Circo, Arte-Educação e Cidadania pode acabar por falta de verba - Foto de Michelle Borges
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