Coletivo Muzinga, Casa Fora do Eixo e Sagarana: difusão cultural por meios alternativos

Mariana,
03 de Abril de 2012

Nos tempos de ampla difusão da internet, de redes sociais como o Facebook, o Twitter, o Flicker, dentre tantas outras, novas formas de propagação do conhecimento surgem. O Coletivo Muzinga e a Casa Fora do Eixo fazem parte dessa nova onda comunicativa. O Sagarana, café-teatro localizado em Mariana, atua a fim de possibilitar realizações culturais em conjunto com esses agentes no município que se encontra.

Pedro de Grammont, membro do Muzinga, fala da necessidade de existência do coletivo: “sempre vi as efervescências culturais da cidade (Ouro Preto) crescendo e morrendo. Muitas vezes, por falta de relação entre elas”. Daí, surge a necessidade de algo que as conecte: “transformação, agregação de uma forma que não seja piramidal, hierárquica”. Com relação à continuidade dessas atividades culturais, comenta: “artistas que hoje são profissionais saíram desses movimentos”.

“Pra mim é união e também diversidade, cada um faz o que sabe e aprende com o outro”, conclui Gabriel Machado, também membro do Muzinga. Nesse sentido, entra a parceria com a Casa Fora do Eixo, que “funciona como um laboratório de vivências e articulações, responsável por promover, gestar e apoiar debates e ações relacionadas ao desenvolvimento de políticas públicas para o setor da cultura e economia solidária no Brasil e América Latina”, de acordo com os agentes do movimento.

Em Minas Gerais se situa uma das cinco casas que tem sede no Brasil. “São Paulo, Amazonas, Nordeste e Porto Alegre, que desenvolvem nas suas regionais um trabalho pautado nas tecnologias de gestão da rede”, também fazem parte do circuito que se estabelece no país. Regionalmente, a colaboração entre o Fora do Eixo e o Muzinga, resultou, esse ano, no Grito Rock em Mariana, realizado no Sagarana.

Segundo Nadja Dulci, componente do Muzinga, o movimento está “se consolidando nas cidades de Ouro Preto e Mariana”. Para ela, “todos somos figuras atuantes. Agentes culturais” e vai além: “quando você faz com diversas pessoas, seu trabalho fica muito mais poderoso”. Nesse sentido, “o Grito Rock esteve aqui no Saga (referindo-se ao Sagarana)”.

Anteriormente, em dezembro do ano passado, os membros do coletivo participaram do Congresso Fora do Eixo, que aconteceu em São Paulo. Segundo Cristiano Gomes, da linha de comunicação do Muzinga, essa participação foi “um momento de imersão e conhecimento de novas pessoas”. Dessa forma, “a partir daí, foi concebida a ideia de fazer o Grito Rock”, conclui o membro.

A realização do evento se deu nos dias 8 a 10 de março. De acordo com Cristiano “de quarta até domingo, no Sagarana, aconteceu a pré-produção do Grito Rock”. Retomando a ideia de preservação da cultura local e de grupos que trabalhem isso, segundo Ana Gastelois, coordenadora da casa de shows, um dos principais motivos da existência do café-teatro é “fomentar a continuidade, a existência desses grupos”. Complementa: “Sagarana contribui para que caiam no mercado”.

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