Com ressalvas, Câmara aprova piso salarial para servidores

Mariana,
16 de Abril de 2012

Com ajuste de 6%, Mariana ainda não paga o piso nacional para seus professores

Na última reunião da Câmara o ajuste de 6% para os servidores municipais foi aprovado. Entretanto, essa aprovação foi acompanhada de duras críticas por parte dos vereadores. Conforme relatado na última edição de O LIBERAL, na semana anterior, essa mesma proposta foi rechaçada pelo legislativo. Entretanto, devido ao fato de o último dia possível de reajuste ser no dia dez desse mês, os edis, mesmo contrariados, votaram, em sua maioria, a favor. O aumento proposto em plenário margearia os 10%.

De acordo com o presidente da Câmara, Geraldo Sales, apesar da Prefeitura manter a proposta de reajuste inicial, houve “uma tentativa de conversa com o Executivo”. Entretanto, o legislativo abriu uma possibilidade, para que um aumento mais significativo seja feito: “estamos autorizando o Executivo a aumentar o reajuste”, explicação dada por Bambu, durante a votação da emenda que autoriza esse novo ajuste.

“Acho que poderia ser feito um estudo para aumentar esse valor”, opina a professora por formação e vereadora Aída Anacleto. Com relação ao aumento, explica: “o que falta é equiparar o salário dos professores municipais ao piso nacional”. O edil, Reginaldo de Castro, enquanto professor da rede municipal, se pronunciou: “sinceramente, não somente eu, como minha esposa ficamos chateados”. Também se pronunciou enquanto membro do Legislativo: “enquanto vereador, a gente nunca vai ficar contra o servidor”.

Câmara aprova aumento para agentes de endemia

Durante a mesma reunião, também foi votado o aumento salarial dos agentes de endemia em Mariana. O salário da classe estava em entorno de um salário mínino, o que é muito abaixo do piso nacional, R$ 871. O reajuste foi aprovado, entretanto, no pensamento desses profissionais, a questão salarial pode ser considerada em avanço, mas somente isso, pois seria insuficiente.

O vereador Juliano Duarte parabenizou o secretário de Saúde, Altacir Barros, pela iniciativa. “O vencimento deles estava bem abaixo do salário mínimo”. O edil Bruno Mól também elogiou o membro do Executivo, bem como os servidores: “esses vigilantes são a linha de frente da Secretaria”. Aída Anacleto acrescentou: seria interessante outro tipo de benefício para esses servidores.

Entretanto, essa questão levantada pela vereadora também se manifestou nos agentes. Ana Citty, membro da classe, reclama que “o projeto deveria ser considerado como um todo e não parcialmente, como foi votado aqui”, além disso ela comenta que “insalubridade era um quesito a ser discutido. E um direito nosso”. A funcionária pública Fabiana Gomes também pensa assim. “Eu não achei justo os vereadores colocarem o projeto do vale alimentação e o prefeito vetar”. Apesar disso, entende que, a respeito dos vereadores, “tudo o que eles falaram foi válido sim”.

Comments powered by Disqus

Newsletter

Acompanhe-nos

Encontre-nos no Facebook