Comunidade se mobiliza por um transporte coletivo de qualidade

Ouro Preto,
12 de Junho de 2012

O decreto municipal que determinou aumento de 5,46% nas tarifas cobradas à população que utiliza o transporte coletivo de Ouro Preto e seus distritos – em vigor a partir de segunda-feira, 11 – gera um movimento de repúdio da comunidade, que une moradores, estudantes e usuários em geral em geral do sistema. A partir das redes sociais, o descontentamento ganhou corpo e nesta terça-feira, 5, houve uma manifestação na Praça Tiradentes, e durante a reunião ordinária da Câmara Municipal. Além de se colocar contra o “valor abusivo das tarifas”, o movimento reivindica a garantia do meio-passe estudantil e da gratuidade para os idosos, acessibilidade, profissionalização do serviço, melhoria das rotas e horários que atendam a todos os bairros e distritos, solução para a evasão de recursos do IPVA para outros municípios e, sobretudo, a retomada do processo licitatório do serviço, atualmente sub judice.

Participante do movimento e morador da Vila São José, Marcos Paulo critica o aumento. “Os ouro-pretanos e estudantes estão juntos contra esse decreto que foi publicado em meio à greve na Universidade, visando amenizar o descontentamento da comunidade” afirma. “É um absurdo essa medida numa cidade tão dependente do transporte coletivo quanto Ouro Preto”, diz o estudante Davi Krshna. Os vereadores reconheceram a legitimidade do movimento e cobraram empenho da justiça local para a resolução da licitação, que se arrasta desde 2006, fruto da interposição de recursos e batalhas jurídicas na primeira instância.

O último reajuste das tarifas foi feito em fevereiro de 2011. Em comunicado à imprensa, a Prefeitura de Ouro Preto afirma que “o aumento foi concedido com base no IGP-M do período e que o valor da passagem seria o mais baixo da região”. Ainda segundo a Prefeitura, “foi instaurado processo administrativo para apurar o descumprimento das responsabilidades contratuais na prestação de serviços pelas empresas. Já o processo de licitação em análise pela Comarca de Ouro Preto, já teria o parecer favorável pelo Tribunal de Contas de Minas Gerais e o Ministério Público de Ouro Preto quanto à regularidade e continuidade do certame”.

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