Criação de cavalo provoca distúrbio sanitário em escola

Ouro Preto,
23 de Setembro de 2014

Direção da escola diz que situação está insustentável devido ao mau cheiro, principalmente no horário das refeições

Alunos e funcionários da Escola Municipal Padre Carmélio Augusto Teixeira têm convivido com uma situação nada aromatizante nos últimos meses. É que um criador de cavalos resolveu colocar seus animais para pastarem no terreno que fica bem ao lado da cantina da escola.

A sede da instituição está provisoriamente instalada no prédio da antiga Febem, no bairro Cabeças. Segundo a direção, o problema teve início logo no começo do ano, quando o proprietário de três cavalos colocou os animais para pastar no terreno que estava abandonado. Atualmente apenas um equino se encontra no local. “O grande problema é que nosso espaço já é reduzido e o encanamento passa por esse terreno. Além do mal cheiro do animal, das suas fezes e urina, temos problemas com entupimento da rede devido aos canos que o animal quebra ao transitar pelo terreno, sem contar com o grande volume de carrapatos”, afirma Vicente Barbosa Nolasco, diretor da instituição. “A situação é ainda pior no horário das refeições, pois as janelas da cantina dão diretamente para o terreno” lamenta o diretor.

De acordo com informações de vizinhos, o terreno é de propriedade da prefeitura e contém apenas uma cerca. O dono dos cavalos já colocou até uma cocheira para alimentar o animal. Em resposta, servidores da Receita Municipal informaram que “o prédio da antiga Febem é de propriedade do Estado, porém, está sendo utilizado pela prefeitura, e salvo engano, existe um contrato de comodato”, afirmaram. Sendo assim, a responsabilidade pela limpeza do prédio e seu entorno é da prefeitura, que irá averiguar novamente a denúncia.

A fiscalização de Zoonoses já compareceu à escola, mas no momento de averiguação da denúncia o animal não estava no local, encontrando-se apenas a cocheira e fezes do animal.