Criação de novos cargos de confiança colocam austeridade do executivo marianense em xeque

Mariana,
20 de Abril de 2012

Após receber “cheque em branco” da Câmara, executivo marianense nega aumento salarial, mas tem folga suficiente no orçamento para criar mais cargos de confiança

Na reunião ordinária da Câmara, no dia 18 de Março, o vereador Juliano Duarte barrou seis projetos do Executivo, pedindo vistas, para uma próxima sessão da Casa. Isso pelo fato de serem criações de novos cargos de confiança para o executivo. Segundo o edil, “não existe processo seletivo para esses cargos. Mariana já tem mais de 350 cargos de confiança no seu quadro”.

Além disso, o membro do Legislativo bateu forte nas questões relacionadas a reajuste salarial dos servidores: “o prefeito alegou que não podia dar um aumento de mais de 6% porque iria onerar a folha de pagamento do município, mas quer criar cargos de confiança, gerando um impacto de mais de R$ 1 milhão. Ouro Preto tem reajuste maior do que Mariana e Acaiaca também” bradou.

Segundo a Assessoria de Comunicação da Prefeitura essa circunstância apresentada não procede: “O Executivo não alegou que não podia dar aumento superior a 6%. Simplesmente foi dado o aumento previsto na LDO (Lei de Diretriz Orçamentária) lei essa que foi elaborada pelo Governo Bambu e referendada pelo Governo Terezinha, que previa um reajuste de 6% para os servidores”.

Um dos seis projetos barrados por Juliano teve um motivo diferente. Projeto para admissão de pessoas na diretoria do SAAE, que segundo o edil, é de “nível superior. O prefeito está tirando essa exigência”. De acordo com a Assessoria, isso também é improcedente: “Sobre a redução de escolaridade para o cargo de Diretor Executivo do SAAE, a informação está incorreta. A lei fala sobre amplo recrutamento e o anexo sugere que o cargo seja ocupado, “preferencialmente”, por um engenheiro sanitarista. Em resumo, a lei não exige escolaridade mínima e o órgão já contou com profissionais de diversas formações sendo que, muitas delas, não possuíam qualquer relação com objeto do SAAE. O que foi feito foi uma tentativa de evitar uma dupla interpretação entre a lei e seu próprio anexo”.

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