Entrevista – Caroline Rooke

Mariana,
30 de Setembro de 2015

Caroline Rooke veio de Juiz de Fora e atualmente é moradora da cidade de Mariana e estudante do terceiro ano de jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Desde nova, Carol se interessa por escrever histórias e poesias, descobrindo mais tarde sua paixão pelo audiovisual e pela produção de documentários. Atualmente, além de se dedicar ao mountain bike representando o município marianense, Caroline está produzindo o curta metragem “Na Pele”, gravado em Mariana.

OL: Caroline, você é estudante de jornalismo na UFOP e a produtora do curta metragem independente “Na Pele”. De onde surgiu a ideia de produzir um curta e há quanto tempo já trabalhava essa ideia? CR: Para esse projeto, me propus a ser a diretora- proponente, com a ideia de coordenar os acontecimentos, mas no decorrer das demandas e necessidades do curta, acabei realizando diversas funções, dentre elas a produção. Sempre gostei de escrever livros e poesias, inclusive tenho uns três livros de romance que estão incompletos. E tive a ideia de fazer um filme, criar uma história, mas não ficar só nisso, participar de concursos e expor o trabalho, abrindo oportunidade para outras pessoas que possivelmente teriam interesse nessa área de aprendizado e crescimento. Gosto de ser prática. Assim que tive a ideia já coloquei no papel e logo em seguida em prática. Lembro que escrevi o projeto em janeiro, em fevereiro já tinha a seleção de equipe e março iniciaram os encontros.

OL: O cenário escolhido para a gravação foi a cidade de Mariana. A importância histórica do município impactou a escolha do cenário? CR: A escolha por Mariana foi pelo quesito de inovar, pois na cidade não teve uma proposta como essa, de projeto que envolvesse a comunidade, os comerciantes interagindo com a universidade. Pelo meu conhecimento, algumas produtoras de fora trazem uma equipe já selecionada, filmam a cidade e vão embora.

OL: As cenas serão gravadas apenas no centro histórico ou em outros bairros do município? CR: Quanto ao cenário, na casa dos personagens escolhemos um imóvel mais antigo, espaçoso, com o aspecto mineiro de portas antigas e móveis rústicos. Já nas filmagens externas, optamos por mostrar o ICSA/UFOP, com o seu design mais moderno. Preferencialmente, as cenas serão gravadas em Mariana, mas vamos ter um pequeno trecho em Ouro Preto.

OL: Esse é o primeiro curta que você produz? Hoje você é estudante de jornalismo, seu interesse sempre foi mais voltado para o audiovisual? CR: Esse é o meu primeiro curta metragem, como estudante de jornalismo da UFOP, desde o meu primeiro período sempre me interessei por audiovisual, lembro quando descobri a “Central de Produção Audiovisual”, procurei o professor responsável e quis aprender como funcionava esse universo. Quando iniciei o curso, já pensava em me especializar em duas áreas, TV ou cinema, desconhecia o funcionamento prático de produção de conteúdo, mas de qualquer forma gostava. No início, lembro que estava participando da produção de um documentário, achava o máximo, pegar o equipamento, agendar a entrevista, ajustar a iluminação, o áudio e por fim editar o conteúdo captado.

OL: Como ocorreram as seleções para participar da produção e das gravações de “Na Pele”? CR: As seleções foram divididas em três etapas, com o intuito de formar uma equipe grande para suprir todas as demandas. A primeira seleção foi só com entrevistas, especificamente para estudantes da UFOP. Tive a presença da Monique Campos, técnica da UFOP e do professor José Benedito Donadon, como jurados. A segunda e terceira foram mais práticas, abri para estudantes da universidade e para comunidade. Tivemos muitos inscritos, pessoas de várias cidades da região e muita gente talentosa passou pelos testes.

OL: Sua intenção, desde o início, era de produzir um curta onde houvesse a participação efetiva da população? Qual o envolvimento da comunidade? CR: Havia planejado desde o início esse envolvimento da população com o curta, acho que é tão bom quem está na faculdade poder criar pontes de conhecimento com a comunidade e tentar estimular as pessoas a buscar o crescimento através do estudo. Acho que esse é meu principal objetivo, proporcionar a mesma oportunidade de aprendizado para quem está na faculdade ou não. Atualmente a minha equipe é composta de setenta por cento de marianenses, além dos nossos apoiadores da cidade que nos auxiliam na produção com produtos, serviços ou financeiro. Acho que por ter tanto envolvimento dos moradores nativos da cidade, faz que com que se valorize mais o curta, e se criem também oportunidades de conhecimento e aprendizado como essa, algo incomum.

OL: Por fim, qual o enredo de “Na Pele”? E já tem data para estréia? CR: O “Na Pele” é um drama e tem um cunho social, os conflitos são baseados entre pai e filha, em que o pai é bipolar e possuiu recaída com a bebida e a filha perdeu sua mãe no seu parto. Os fatos são baseados nos atos impulsivos, nas oscilações de humor do pai, onde o sentimento da filha se confunde ao ter que lidar com isso, sem ter um porto seguro com que possa contar. Já estamos com a estreia marcada no SESI de Mariana, tendo a possibilidade de estrear também em 2016 em Ouro Preto e Juiz de Fora. Para esse grande dia na estréia em Mariana, estamos preparando algo a mais para nosso público, programando convidados especiais para a nossa apresentação com novidades. Bom a nossa estréia não será baseada só no curta, teremos outras atrações no dia.

As novidades do curta são sempre postadas na página do Facebook - facebook.com/curtanapele

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