Entupimento na rede de esgoto causa transtorno a moradores de Amarantina

Ouro Preto,
22 de Outubro de 2015

Antes da realização das obras, há menos de dois anos, não havia problemas no local

Inundações após as chuvas, mau cheiro dentro das casas e bueiros, e para piorar o retorno de esgoto nos ralos dos banheiros, são alguns dos transtornos para a comunidade de Amarantina, especificamente moradores da Rua Francisco Coelho.

De acordo com os residentes os problemas são recentes, depois da instalação da rede de esgoto e pluvial. “A situação não acontecia antes das obras realizadas pela prefeitura, que tem pouco menos de dois anos. Agora os transtornos são muitos e sentidos por todos que usufruem dessa rede de esgoto”, relata Cintia Rejane da Silva Matos, filha de Dona Neusa Ferreira, que teve uma de suas casas alagadas pelo esgoto no dia 30 de setembro.

De acordo com Dona Neusa, o entupimento da rede ocasionou a obstrução do fluído, que retornou para o seu encanamento, que não suportando a pressão, estourou. O incidente causou grandes prejuízos a moradora do distrito. “Eu alugo o local para uma igreja evangélica. Além de ter que refazer todo o encanamento, com recursos próprios, terei que pagar os móveis que estragaram”, lamenta Dona Neusa.

Segundo Cintia, esta já é a terceira vez que o entupimento acontece. De acordo com ela, nenhuma atitude foi tomada pelo Semae em relação ao prejuízo de Dona Neusa. “Estamos cansadas de tanto descaso. Ficamos três dias com essa porcaria na porta, pois além de dizer que não podia fazer nada, pois estava dentro da residência, o Semae demorou a liberar a água para podermos limpar, pois estávamos com falta d’água”, reclama a moradora. “Minha mãe já gastou quase R$ 1 mil para conserta um erro do Semae. É uma obra toda errada, todo mundo sabe, e mesmo assim não fazem nada”, lamenta Cintia.

Em nota o Semae confirmou o entupimento na rede geral, o que ocasionou o refluxo de esgoto na residência e o extravasamento de esgoto no salão da igreja. No dia seguinte ao ocorrido, uma equipe esteve no local e realizou o trabalho de desobstrução e substituição de toda a rede. “Esclarecemos que esta limpeza não cabe ao Semae, pois a autarquia não dispõe de uma equipe e nem de materiais específicos para realizar este tipo de trabalho”, informou a autarquia. Já sobre o mal cheiro, proveniente das bocas de lobo, o Semae afirma que “desde quando foi construída a estrutura de saneamento básico do local as redes pluviais e de esgoto foram conectadas uma na outra, por isso surge o mal cheiro. Para que o problema seja definitivamente solucionado é necessário refazer toda esta estrutura, porém na atual conjuntura a autarquia não dispõe de recursos financeiros para a ação, mas periodicamente é realizada a limpeza das bocas de lobo”, atesta.