Durante a tarde de quarta-feira (21), os estudantes da UFOP do Campus de Mariana se reuniram no Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas (ICSA) para discutir a respeito da greve dos técnicos administrativos, deflagrada em 17 de março por tempo indeterminado, justificando que o trabalho desempenhado pelos servidores é indispensável para dar continuidade às aulas e garantir o funcionamento da universidade frente às condições precárias da educação pública.
A assembleia foi realizada com o propósito de convocar os centros acadêmicos para debater a situação da universidade diante da greve e reforçar as demandas estudantis específicas de cada curso. Para a estudante Sabrina Almeida, coordenadora de assuntos acadêmicos do curso de serviço social, a engrenagem da comunidade acadêmica é movimentada pelo corpo docente, técnico e estudantil em conjunto. “Entendemos que as reivindicações são legítimas e o reconhecimento dos servidores pode adiar uma tendência à privatização dos serviços, o que não consideramos ser uma boa alternativa.” declara Sabrina.
Durante a assembleia, alguns professores tentaram ministrar aula e foram impedidos por estudantes que agitaram o movimento com batucadas, alegando a falta de empenho na busca de soluções que viabilizem qualidade do ensino público superior. Assim, algumas das principais reivindicações do comando de greve dos servidores é o cumprimento integral do acordo da greve ocorrida em 2012 e a implantação de turnos contínuos com jornada de 30 horas sem redução salarial, para manter a universidade aberta nos três turnos.