Família se diz “perseguida” por policiais militares

Itabirito,
14 de Julho de 2013

Uma família moradora do bairro Padre Adelmo, em Itabirito, reclama do que chamam de “perseguição” por parte da Polícia Militar da cidade. Segundo eles, trata-se de multas constantes que começaram depois que a família denunciou uma agressão por parte de militares.

Segundo Jurani dos Santos Lima, que também é presidente da Associação de Moradores do bairro, o problema começou em janeiro de 2012, quando seu filho Thiago dos Santos Lima foi interrompido por dois policiais militares enquanto trabalhava de vigia em uma construção do bairro. Ele estava acompanhado de um amigo quando teriam apanhado dos policiais, que procuravam um suspeito de porte de armas no bairro.

Depois do episódio, Thiago e seu amigo abriram um processo contra a Polícia Militar. Jurani afirma que após seu filho ter aberto tal processo, uma perseguição começou, e os policiais estariam aplicando multas constantes em seu filho, sem motivos plausíveis.

Segundo Jurani, “toda vez que eles nos vêm no carro da família, aplicam alguma multa. Já estou evitando sair de casa de carro”. Até hoje foram três multas, sendo que a última foi aplicada nesta quarta-feira (10). Ele afirma que os documentos do carro estão em dia, assim como as carteiras de habilitação dele e de seu filho.

Jurani declara que já procurou explicações no Quartel da Polícia Militar e que uma audiência na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais está marcada para esta sexta-feira (12) a fim de procurar uma solução para o fato.

Em nome da Polícia Militar de Itabirito, o Capitão Joílson afirmou que o veículo foi parado esta semana em uma blitz que acontece semanalmente com data, horário e local fixo. Segundo o Capitão, Thiago dirigia em alta velocidade e foi interrompido por este motivo, ao proceder com a averiguação do veículo, os policiais encontraram um extintor de incêndio com prazo de validade vencido, e foi esse o motivo da notificação.

“O rapaz tem que entender que o policial não pode encontrar uma situação dessa e não tomar uma atitude”, disse o Capitão. Ele também negou qualquer tipo de perseguição, e afirmou que as multas são apenas cumprimentos dos deveres da Polícia.

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