Famílias reclamam de invasão de terreno no bairro Meu Sítio, em Itabirito

Itabirito,
19 de Janeiro de 2014

Uma construção já foi edificada no local desde dezembro do ano passado

O Jornal Liberal recebeu nessa semana uma denúncia de que algumas pessoas estão invadindo e demarcando terrenos nas áreas verdes do bairro Meu Sítio, em Itabirito. A denúncia foi feita por alguns moradores do bairro que estão insatisfeitos com a situação, e que desde o final do ano passado vêm pedindo providências da atual administração municipal. “É um absurdo que ninguém faça nada até hoje. Os locais invadidos, além de serem áreas que devem ser preservadas, são também áreas de risco e colocam não só a vida de quem irá ocupar o local em perigo, mas também a de todos do entorno”, destaca uma das moradoras que preferiu não se identificar. “Depois de construídas as casas, será muito mais difícil de retirar essas pessoas”, completa a moradora.

De acordo com as denúncias, três terrenos já foram invadidos e todo o trabalho de demarcação e construção é realizado durante a madrugada. “A gente não vê eles trabalhando. Só vemos as mudanças do dia pra noite”, conta outra moradora, que também preferiu não se identificar. “Nós pagamos pelos terrenos, e pagamos caro. Agora chega uma pessoa, invade, e está tudo certo? Isso é um disparate”, desabafa.

Em um dos locais supostamente invadidos, onde já há um casebre construído, mora Sebastião de Carvalho com a mulher e mais dois filhos. Em entrevista ao jornal, Sebastião afirmou que tem o contrato de compra e venda do terreno e que mora no local há mais de dois anos, o que foi contestado pelos vizinhos, que disseram que a construção teve início no final de 2013.

A prefeitura de Itabirito, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, explicou que foi realizada uma vistoria no local no dia 14 de janeiro, e que já foram expedidas as notificações e embargos da obra. “Nós já autuamos os responsáveis, que terão o prazo de 20 dias para defesa. Já o caso do Sebastião é mais delicado, pois como ele mora no local, de acordo com a lei nós não podemos simplesmente despejá-lo. Mas nós já realizamos a autuação e o embargo da construção. O caso será encaminhado o Ministério Público”, esclarece Vander Morais, Fiscal da secretaria de Meio Ambiente de Itabirito.

Os moradores também acionaram a Polícia Ambiental de Nova Lima, que realizou um Boletim de Ocorrência, o qual irá compor a representação que os moradores vão encaminhar também para o Ministério Público.