“Força-tarefa” trabalha para salvar Ouro Preto de tragédias maiores

Ouro Preto,
24 de Janeiro de 2012

Os acontecimentos desastrosos no início do ano chamam a atenção das autoridades para a importância de uma política preventiva e os estudos relativos às peculiaridades técnicas e geográficas de Ouro Preto. No bojo do histórico de deslizamentos e avalanches de terras, segue em curso a atualização da Carta Geotécnica de Ouro Preto por geólogos, professores e alunos da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). Ela norteará os trabalhos da Defesa Civil Municipal e servirá de base para a elaboração do Plano Municipal de Redução de Riscos. A questão também desperta o interesse do governo federal, que enviou à região geólogos do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

Dos atuais 181 deslizamentos identificados pela prefeitura, a equipe da Ufop levantou 15 pontos de maior suscetibilidade. Realizam-se no momento vistorias e trabalhos de campo a fim de levantar as áreas. Segundo o geólogo da Ufop, Romero César Gomes, os últimos acontecimentos evidenciam que é premente uma resposta à sociedade. “Os estudos levam em consideração um mapeamento mais próximo da realidade geotécnica de Ouro Preto, sobretudo com os últimos acontecimentos. Uma atuação preventiva é urgente, não podemos mais esperar”, considera Romero. Na quinta-feira, 19, técnicos das Secretarias Municipais de Patrimônio, de Planejamento, de Obras e de Turismo se reuniram com professores e geólogos para discutir o Plano. O documento é vinculado a uma linha de ação do Ministério das Cidades para a liberação de recursos para obras de reconstrução e prevenção de novos prejuízos. Ele será objeto de análise e aprovação pelo executivo e o legislativo. Figura-se que 60% do território de Ouro Preto está em área de risco.

Já no sábado, 14, três geólogos do CPRM visitaram Ouro Preto e também Mariana. Em parceria com a equipe da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) eles buscaram identificar potenciais as áreas de deslizamentos. De acordo com geólogos do Governo Federal, Mariana e Ouro Preto foram as primeiras cidades mineiras a serem contempladas com essas visitas, tendo como objetivo a identificação do solo e a elaboração de um relatório com mapeamento e informações que serão levadas às Comdec’s, à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) e à Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) com a situação em que se encontra o terreno que foi saturado pelas fortes chuvas que assolaram a região.

Comments powered by Disqus

Newsletter

Acompanhe-nos

Encontre-nos no Facebook